'Inexplicável': a trajetória de menino de 8 anos que superou tumor cerebral
"Não tem como não ser transformado", afirma o ator Eriberto Leão, ao falar sobre o impacto de interpretar Marcus Varandas, pai de Gabriel Varandas, no filme "Inexplicável". A produção narra a história real de um menino paraibano que, aos 8 anos, viu o sonho de ser jogador de futebol interrompido por um tumor cerebral.
Qual a história do longa
Baseado no livro "O Menino que Queria Jogar Futebol", de Phelipe Caldas, o filme acompanha Gabriel do diagnóstico à surpreendente recuperação, um mistério que a medicina não conseguiu explicar. A superação do menino é o fio condutor da narrativa, entrelaçada com a força da fé e o amor incondicional da família.
Letícia Spiller, que interpreta a mãe de Gabriel, compartilha da emoção de Leão. "É um filme que faz refletir sobre muitas coisas... sobre a gente ter esperança, sobre acreditar. Acreditar e ter fé." Para Spiller, a história do menino demonstra a importância de valorizar a vida e não se apegar a "pequenas coisas".
"Eu me lembro que, quando vi o Marcus [pai de Gabriel], eu não precisava falar nada, nem ouvir nada. E eu sou pai também. Era realmente um guerreiro", relembra o ator sobre o encontro com a família real durante as filmagens. A participação deles em cena do filme adiciona um toque de realidade à ficção.
Ponto de virada
A experiência de "Inexplicável", que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5), transcendeu a tela e tocou profundamente os atores. Eriberto Leão destaca a paternidade como o grande ponto de virada da própria vida: "A responsabilidade de você ser a pessoa mais importante da vida daquele ser que acabou de nascer. É uma grande responsabilidade."
Eu me lembro, a gente estava lá em cima, onde fazia as trocas de roupa. Eu não sabia que o terço que ela [Letícia Spiller] usava era da própria Yanna. Eu descobri nesse dia. As crianças estavam lá, os filhos. Aí conhecemos o Gabriel, já com 18, 19 anos, fazendo engenharia elétrica. E eu pensei: 'Caraca, deu certo mesmo. Leão
Letícia Spiller também aponta a maternidade como um marco na própria trajetória: "Filho, a gente está falando de gerar uma vida, de ser responsável por uma vida, e isso não é brincadeira, não é bolinho." A atriz ressalta a importância da dedicação e da responsabilidade na criação dos filhos.
Eu acho que um filho, apesar de ser lindo, um grande prazer, uma grande brincadeira também, é muito sério. Tem que se pensar muito se você tem essa disponibilidade, essa vocação para ser pai, para ser mãe. Letícia Spiller
Para o diretor Fabrício Bittar, o longa é um lembrete de que a vida pode mudar em um instante. "Vivemos muitas vezes a vida tão corrida, que não paramos para refletir sobre o quanto a vida pode mudar em um segundo", reflete. Ele destaca ainda a importância de se adaptar às mudanças e "estar um pouco preparado porque teremos pontos de virada e precisamos, de alguma forma, entender isso."
A gente não tem controle de quase nada. Então, às vezes eu acho que ficamos pensando muito em controlar aquilo que não conseguimos controlar em vez de controlar aquilo que a gente pode. Fabrício Bittar, diretor
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