Kate Middleton é finalista da Pessoa do Ano da TIME. O que isso significa?
Por: Ana Claudia Paixão - via Miscelana
Há 97 anos, a revista TIME nomeia uma pessoa, grupo ou conceito que teve o maior impacto — para o bem ou para o mal — no mundo nos últimos 12 meses. Para a surpresa de muitos, entre os 10 finalistas está Catherine, a Princesa de Gales.
Em 2024, a princesa protagonizou uma das maiores invasões de privacidade e assédio online em torno da sua questão de saúde, provocando a discussão em torno da definição de privacidade de figuras públicas. Graças, claro, à foto manipulada usada para divulgação que só esquentou a discussão do "paradeiro" da princesa depois que foi hospitalizada por duas semanas para uma "cirurgia abdominal planejada". Em uma sequência de erros infantis de comunicação, Catherine virou alvo de conspirações, de acusações de racismo e insensibilidade, tudo enquanto fazia quimioterapia e insistia apenas no pedido de ter seu espaço.
Embora duvide que seja a eleita, Catherine certamente é um dos nomes principais de 2024, e nem é a primeira vez que esteve na lista da TIME100 de Pessoas Mais Influentes do mundo. Ela esteve entre eles tanto em 2013 como em 2011, quando foi a "vice-campeã" de Pessoa do Ano. Lembrando que 2011 foi o ano que, ao se casar com Príncipe William, se tornou uma figura pública e influente.
A trajetória da Princesa de Gales vai além do glamour e da realeza, com uma história marcada por desafios, dedicação e um papel crescente no futuro da monarquia britânica.
Após um namoro de 10 anos que resistiu a altos e baixos, incluindo um breve rompimento em 2007, William e Catherine anunciaram o noivado em 2010. O casamento, realizado em abril de 2011, foi um evento global assistido por milhões, transformando Catherine em Duquesa de Cambridge.
A relevância da percepção positiva em torno de Catherine, Princesa de Gales, é interessante pois ela foi ligada diretamente ao suposto comentário racista sobre o tom de pele do filho de Meghan Markle e Príncipe Harry. Embora Harry jamais tenha citado quem fez o comentário (inicialmente acusou uma pessoa só, depois a menção era sobre mais de uma pessoa), na virada do ano tudo mudou. Isso graças à edição holandesa do livro "Endgame", de Omid Scobie, publicado em novembro de 2023 e que mencionava Catherine e o Rei Charles III como os responsáveis por tais comentários, algo que causou controvérsia imediata.
Por isso, a inclusão de Catherine nas acusações de racismo agrava a narrativa de divisões internas na família real, especialmente porque ela é vista como uma figura que representa estabilidade e adesão aos valores tradicionais da monarquia. Isso, por sua vez, gerou mais polarização entre os apoiadores dos Sussex e os da realeza britânica tradicional.
Omid Scobie e seus representantes negaram que os nomes de Catherine e Charles tenham sido incluídos na versão em inglês do livro e atribuíram o incidente a um "erro de tradução". No entanto, cópias da edição holandesa foram retiradas do mercado e destruídas após a revelação. O Palácio de Buckingham ainda avalia ações legais sobre o caso.
2024: Um ano de destaque para Catherine
Diante de todo esse drama, 2024 começou com uma nuvem pesada em torno de Catherine, que só piorou quando seus problemas de saúde a colocaram em ainda maior exposição. Primeiro veio o "mistério", quando ela não fez nenhuma declaração sobre o que estava acontecendo. Quando celebridades passaram a fazer "piadas" (Blake Lively entre outros) sobre o "desaparecimento" da Princesa, a informação sobre estar com Câncer foi oficializada. E só provocou nova onda de teorias conspiratórias, especialmente depois da que foto oficial do Dia das Mães estava editada. Catherine veio a público em um vídeo que os detratores insistiram ser criado por Inteligência Artificial e a pressão não reduziu nem diante dos pedidos dela para ter liberdade de se tratar longe das câmeras.
Diante de todos esses fatos, especialmente agora que o tratamento chegou ao fim, que a Time reconhece que em 2024, Catherine reafirmou sua posição como uma das figuras centrais da monarquia britânica. Seu trabalho em causas sociais, especialmente na saúde mental e no desenvolvimento infantil, ganhou novo fôlego com o lançamento de iniciativas nacionais voltadas para o bem-estar das famílias.
A resiliência demonstrada por Catherine diante dessas adversidades é um reflexo de seu compromisso com os deveres reais e sua capacidade de adaptação. Hoje ela é a mais popular entre os membros da Família Britânica, adorada pelos súditos e elogiada por fãs ao redor do mundo.
Entre os 10 nomes da Time para Pessoa do Ano
Estar entre os 10 finalistas para Pessoa do Ano da Time é um marco significativo. A inclusão de Catherine na lista reflete não apenas sua influência como membro da realeza, mas também seu impacto como figura pública global. Sua capacidade de transformar o papel tradicional de princesa em algo mais relevante e conectado com as questões contemporâneas foi amplamente reconhecida.
Catherine, Princesa de Gales, é mais do que uma representante da monarquia. Ela é uma mulher que equilibra os desafios do status público com uma dedicação genuína às causas que apoia. Seja em momentos de tensão familiar ou em iniciativas que tocam milhões, Catherine prova que elegância e resiliência podem caminhar juntas.
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