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Oscar Roberto Godói

Juiz acertou ao encerrar Cruzeiro e Palmeiras antes do tempo regulamentar

O árbitro Marcelo de Lima Henrique observa jogada entre Cruzeiro e Palmeiras na última rodada do Brasileirão - Alessandra Torres/AGIF
O árbitro Marcelo de Lima Henrique observa jogada entre Cruzeiro e Palmeiras na última rodada do Brasileirão Imagem: Alessandra Torres/AGIF

09/12/2019 13h06

O Brasileirão chegou ao fim com um saldo positivo na utilização da tecnologia do VAR. As decisões finais ficaram mais rápidas, e o índice de acerto elevou-se. Claro que tivemos decisões discutíveis por se tratarem de lances meramente interpretativos. Em algumas situações o resultado final amenizou as discussões.

O glorioso clube Cruzeiro, com um time medíocre, completou o quarteto rebaixado ao ser derrotado pelo Palmeiras por 2 a 0 no Mineirão. O experiente árbitro Marcelo de Lima Henrique encerrou o jogo antes do tempo regulamentar ser completado, atitude correta, evitando expor os jogadores à fúria de torcedores imbecis.

A combinação do resultado de Minas com o empate no jogo Botafogo 1 x Ceará 1 e os poucos minutos que restavam para uma virada no placar a favor do Cruzeiro, que nada adiantaria, também inibe alguma ação junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva para uma virada de mesa. Melhor assim, prevalecendo o resultado do campo de jogo.

Nem mesmo o pênalti marcado para o Ceará que resultou no gol de empate, 1 a 1, está sendo discutido se deveria ou não ter sido apitado pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira. Na dúvida, melhor marcar e evitar que comentários discriminatórios contra clubes nordestinos pudessem surgir.

Aliás, para tristeza daqueles treinadores que justificam trabalhos incompetentes transferindo a responsabilidade para os árbitros, apenas um clube nordestino foi rebaixado, e a torcida do CSA fez uma festa se despedindo da série A.

A possibilidade de utilizar o VAR para corrigir interpretações iniciais tem um lado bom, mas também, tem seu lado negativo. Os árbitros e assistentes se acomodam e não tomam uma atitude no momento em que o lance acontece.

No jogo Corinthians 1 x Fluminense 2, o árbitro Rodrigo Dalonso viu e entendeu como normal a falta que sofreu o zagueiro tricolor Nino. Deixou a jogada prosseguir até que o corintiano Jadson sofresse pênalti indiscutível.

Recorrendo ao VAR, anulou a falta a favor do Corinthians e optou em marcar a falta inicial em Nino. Será que a ação faltosa no zagueiro do Flu foi tão minuciosa que só no monitor pôde ser vista? Brincadeira, né.

O complicado árbitro Ricardo Marques deu sorte ou interpretou corretamente? No jogo Goiás 3 x Grêmio 2, o gol da vitória do clube goiano aconteceu depois que Rafael Moura sofreu pênalti não marcado, e a bola sobrou para o chute de Iago Felipe.

E tem, ainda, quem acha que pênalti não tem vantagem. Quando a sequência da jogada resulta em gol, é mais que vantagem, é muita vantagem.
Sorte ou competência? Sorte!

Oscar Roberto Godói