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Oscar Roberto Godói

Árbitro paulista apitando jogo do Flamengo? CBF deveria evitar esses casos

Everton Ribeiro, durante jogo Flamengo x Internacional bastante contestado por rivais - Thiago Ribeiro/AGIF
Everton Ribeiro, durante jogo Flamengo x Internacional bastante contestado por rivais Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

14/10/2019 13h01

Já que a Confederação Brasileira de Futebol não toma atitude contra os dirigentes que suspeitam da lisura das arbitragens nos jogos do Brasileirão e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) continua omisso ou conivente, a Comissão de Arbitragens da CBF poderia evitar a escalação de árbitros de Federação envolvida ou interessada diretamente no resultado de determinados jogos.

Recentemente tivemos um árbitro paulista apitando o jogo Flamengo x Internacional. O Inter teve dois jogadores expulsos que não puderam enfrentar o Palmeiras na rodada seguinte. Como o Inter venceu o clube paulista, as reclamações e suspeitas não foram fortes.

Agora quem está se fazendo ouvir é o Flamengo, que foi muito prejudicado no jogo contra o Athletico Paranaense. Mesmo vencendo por 2 a 0 em Curitiba, os dirigentes estão revoltados com as atitudes do árbitro catarinense Bráulio Machado. Ele marcou pênalti para o líder do campeonato e cancelou após consultar o VAR.

No mesmo jogo tivemos mais dois lances de pênaltis para o Flamengo que foram ignorados pelo árbitro e pelo VAR, que, coincidentemente, estava sendo comandado pelo árbitro paulista Rodrigo Guarizo. Será que não tinha um outro árbitro de uma Federação neutra para ser escalado?

A CBF continua entregando a cabeça do árbitro na bandeja para os dirigentes.

O São Paulo venceu o Corinthians por 1 a 0 com gol marcado na cobrança de um pênalti que poderia ter sido evitado se o árbitro Rafael Claus tivesse marcado falta de Lizieiro em Danilo Avelar, no campo de ataque corintiano.

O árbitro entendeu como legal o tranco pelas costas que o são-paulino deu e não quis nem olhar as imagens no VAR. Não sei qual foi a comunicação entre ele e Rodolfo Toski, responsável pelo equipamento. Certo ou errado o importante foi a decisão de assumir a responsabilidade pela interpretação inicial, o que faltou para Bráulio Machado.

A rodada mostrou um índice elevado de acertos da tecnologia na punição de impedimentos que resultaram em gols que, corretamente, foram anulados. Percebe-se nitidamente que os assistentes estão deixando para a máquina marcar o impedimento. Ninguém está arriscando erguer a bandeira no momento do lançamento.

Situação muito cômoda para os assistentes. Assim, logo a FIFA extingue a figura dos bandeirinhas ou vai deixa-los estáticos no setor de canto marcando apenas a linha de fundo e a lateral. Lamentável!

Oscar Roberto Godói