Palmeiras faz barba e cabelo nos campeonatos paulistas
Quando Amanda Gutierres fez 1 a 0 para as Palestrinas no Brinco de Ouro vazio, aos 13 minutos do Dérbi, as Brabas quase não tinham passado do meio de campo.
O domínio palmeirense era absoluto e era surpreendente a passividade corintiana.
O empate no placar agregado levaria aos pênaltis e restaria saber se as Palestrinas diminuiriam o ritmo em nome da cautela e se as Brabas acordariam na final do Campeonato Paulista.
As Brabas não acertavam três passes seguidos e as Palestrinas se aproximavam de fazer o 2 a 0, que garantiria o tricampeonato, ainda no primeiro tempo, tamanha a superioridade que mostravam.
E não deu outra: aos 34, Brena, que tinha dado o passe para o 1 a 0, fez 2 a 0 com chute de fora da área.
Depois de absurdos cinco minutos a assopradora de apito, chamada pelo VAR, anulou o gol por braço na bola na origem da jogo, algo que ela deixou de assinalar em campo.
Imagine Arthur Elias, ex-treinador das Brabas, ao observar comportamento tão raso de suas ex-pupilas.
Mas ele sabe o que faz.
Na mais recente convocação que fez da seleção, chamou quatro Palestrinas (Natascha, Fê Palermo, Laís Estevan e Amanda) contra três Brabas (Yasmin, Duda Sampaio e Gabi Portilho).
Para as alvinegras o fim do primeiro tempo só com 1 a 0 era um presente dos céus, e para as alviverdes, um castigo.
Mas, aos 41, Dudinha fez justiça, ao bater de primeira dentro da área e estufar a rede: 2 a 0.
As Palestrinas foram campeãs para o intervalo.
Como futebol e justiça nem sempre andam juntos, e estrela é para quem tem, logo aos 2 minutos do segundo tempo Yayá, que havia entrado no lugar de Gabi Zanotti, se aproveitou de falha da defesa verde e diminuiu para 1 a 2, resultado que punha a decisão na marca do pênalti,
As Palestrinas sentiram, e as Brabas passaram a predominar, mesmo sem levar grande perigo, diferentemente do que sofreram no primeiro tempo.
As trocas se sucediam dos dois lados, estrelas saíam para renovar os pulmões, e os pênaltis se aproximavam.
Um pouco por cansaço, outro pouco por ansiedade e mais um pouco por medo de sofrer o gol que decidiria o título para qualquer lado, o Dérbi era interrompido continuamente.
Até Vic Albuquerque saiu, assim como Brena havia saído.
De repente, não mais, porém, os dois times resolveram ir à frente diante de mais de 4.000 torcedores alviverdes.
Aos 37, Carol Nogueira tirou o gol alviverde dos pés de Ingryd na hora H do arremate, cara a cara com a goleira Lelê.
Quando o jogo chegou aos 90, os acréscimos foram de 11 minutos.
Uma coisa estava clara, quaisquer que fossem as campeãs: a esmagadora superioridade do Corinthians no futebol feminino não deverá prevalecer na próxima temporada.
Nos seis Dérbis do ano, cada time ganhou três vezes.
Os pênaltis decidiriam se a brutal hegemonia em 2024 permaneceria ou não, para o time campeão dos três títulos que disputou: Supercopa do Brasil, Libertadores e Campeonato Brasileiro.
Duda Sampaio bateu, e a goleira colombiana Tapia defendeu;
Amanda Gutierres bateu na trave;
Eudmilla também bateu na trave;
Fê Palermo bateu e pôs as Palestrinas na frente;
Milene bateu, e Tapia pegou de novo!
Ingryd fez 2 a 0;
E Tapia pegou o terceiro penal batido por Carol Nogueira para dar o tri às Palestrinas.
O Palmeiras fez barba e cabelo nos campeonatos paulistas com os homens e com as mulheres, contra os rivais Santos e Corinthians.
37 comentários
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Sergio Benedito Mariano
Será que esse Juca é mesmo Corinthiano?, só vem criticando , e quando elogia é na base da ironia!
Antonio Camarao
E o jornalista anti está feliz da vida!
Ricardo Villar da Silva Ramos
Vc seca o tempo todo o time masculino do Corinthians e agors resolveu secar as meninas!!! Que vergonha eu tenho de você torcer para o mesmo time que eu…