Lucas é craque do jogo e não perde do Corinthians desde sua volta ao Brasil

De lá para cá, são seis clássicos, cinco vitórias do São Paulo, um empate, 14 gols tricolores, quatro de Lucas Moura.

Desde que Lucas voltou, nunca perdeu para o maior rival são-paulino.

Foi assim de novo num final de semana com requinte de crueldade, virada no Pacaembu no sábado, final da Copinha, vitória com sobras no MorumBis chuvoso no domingo à noite.

Em 1989, a Academia, em Hollywood, decidiu mudar o discurso ao entregar o Oscar.

Até 1988, dizia-se: "And the winner is..."

O vencedor é... Mudou para o que você conhece: "The Oscar goes to..." O Oscar vai para...

Pois estava tudo pronto para dizer que o vencedor seria Oscar, autor do passe — sim, foi passe — na cobrança de escanteio para o gol de Lucas, aos 4 minutos do segundo tempo.

Então, Oscar marcou seu primeiro gol com a camisa são-paulina, erro de saída de jogo de Matheus Bidu, vacilo de Carrillo, passe de Luciano para Oscar anotar. Na primeira passagem, entre 2008 e 2009, Oscar nunca tinha feito gol com a camisa tricolor.

Era o dono do jogo, assistência e gol.

Mas vieram duas obras de arte, um chute de longa distância, de José Martínez, no ângulo de Rafael.

E Lucas recebeu de Luciano, driblou três corintianos e desviou de Hugo Souza. Um gol espetacular, apesar de o drible ter se dado um pouco com a bola batendo em sua canela direita. E daí? Um dos gols mais bonitos da carreira de Lucas Moura, comparável em beleza com o primeiro dos os 3 x 2 do Tottenham sobre o Ajax, na semifinal da Champions League de 2019, quando marcou todos os três, o último faltando oito segundos para o término do período de acréscimos.

Não falamos em importância, mas em beleza.

O Corinthians tentava alcançar onze vitórias consecutivas, seu recorde no século 21. O São Paulo quebrou a sequência e conseguiu algo inédito. Ganhar no sábado e no domingo, no sub-20 e nos profissionais, um final de semana completo para ser descrito na literatura do clássico Majestoso.