Pole Position

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A 50 dias da estreia, GP de Las Vegas tem fatalidade e vê queda de preços

Os planos de ter uma estreia de sucesso em Las Vegas não estão indo às mil maravilhas para a Fórmula 1 a 50 dias da prova. Uma pessoa que trabalhava na montagem da corrida de rua morreu em um acidente, no capítulo mais grave de uma série de problemas que envolvem a corrida.

Tizco Antonio, de 37 anos, trabalhava na montagem de uma das arquibancadas quando sofreu o acidente, foi atingido na região do pescoço e morreu no hospital universitário da cidade.

A prova vem encontrando resistência dos moradores de Las Vegas, que reclamam do bloqueio de vias de pedestres e principalmente do corte de árvores para a construção das arquibancadas. Há uma cobrança para que a F1 replante essas árvores, mesmo que em outros lugares.

A mídia norte-americana também está reportando a queda dos preços das diárias dos hotéis. O Las Vegas Review Journal observou quedas de 36% a 59% nos preços dos hotéis pesquisados entre novembro do ano passado, quando a prova foi anunciada, e atualmente.

Ainda há ingressos disponíveis, na corrida mais cara de todo o campeonato. As entradas mais baratas estão esgotadas há meses, mas há vários pacotes ainda disponíveis, em combinação de entrada e hospedagem. E também opções de arquibancada a 1.500 dólares (7.600 reais). O valor é quase 10 vezes maior do que o da arquibancada mais barata do GP de São Paulo.

A estreia do GP pelas ruas de Las Vegas será dia 18 de novembro, um sábado à noite, duas semanas após a prova brasileira. O campeonato de equipes já está decidido, e Max Verstappen tem grandes chances de selar a conquista do tricampeonato na próxima etapa, no Qatar.

F1 está assumindo risco maior com GP de Las Vegas

Peça publicitária do GP de Las Vegas, que entrará no calendário da F1 em 2023
Peça publicitária do GP de Las Vegas, que entrará no calendário da F1 em 2023 Imagem: Las Vegas Grand Prix/Twitter

É a própria F1 que está promovendo o GP de Las Vegas, então eles mesmos assumem o risco de não cobrirem os custos. O esquema é diferente de qualquer outra corrida. Geralmente, a categoria contrata um promotor e cobra dele uma taxa milionária, que fica na base de 20 milhões de dólares para corridas na Europa e pelo menos 25 no resto do mundo.

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Em Las Vegas, a Liberty Media, que detém os direitos comerciais da F1, assinou um contrato com a cidade por 10 anos e vai assumir a promoção pelo menos nos primeiros três GPs, quando os gastos de infraestrutura são maiores.

E o último balanço apontava para um gasto muito superior ao que foi orçado, batendo nos 400 milhões de dólares. Os custos foram aumentando por questões que foram surgindo, como o cabeamento debaixo do asfalto, para ficar em um dos vários exemplos.

Mesmo assim, a Liberty espera lucrar com a prova. Talvez não de cara, mas certamente ao final destes três anos. A confiança dos gestores da F1 no projeto de Las Vegas é tão grande que eles não só falam em lucrar com a prova, como também em usar a grandeza do espetáculo que pretendem fazer para forçar os demais promotores a oferecerem mais aos fãs em seus próprios eventos.

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