A redenção de Scolari
Não há timaços no Campeonato Brasileiro. Alguns são um pouco melhores, claro, e cinco deles vão se distanciando na tabela e devem lutar pelo título, cabeça a cabeça, até as últimas rodadas: São Paulo, Palmeiras, Internacional, Flamengo e Grêmio. Do primeiro ao quinto, a distância é de apenas quatro pontos e, portanto, tudo pode acontecer. Daí pra baixo, é briga por vaga na Libertadores e olhe lá.
Nem mesmo os cinco primeiros da tabela, entretanto, conseguem encher os olhos de seus torcedores. Que o digam os do líder São Paulo, após o decepcionante empate com o América-MG, em pleno Morumbi. Ou os do irregular Flamengo, capaz de perder do na época vice-lanterna Ceará, em pleno Maracanã. Com equipes niveladas e pouquíssimos jogadores capazes de realmente fazer a diferença (os destaques de nossas equipes são quase todos veteranos de mais de 30 anos), qualquer jogo é difícil. Até mesmo aqueles que confrontam as turmas do G-5 e da zona de rebaixamento.
Em meio a todo esse equilíbrio, um time, porém, apresenta inegável e impressionante viés de alta. O Palmeiras de Luiz Felipe Scolari. Mesmo dividido em três competições e alternando titulares e reservas entre elas, venceu quatro dos últimos cinco jogos no Brasileiro e assumiu a vice-liderança a apenas um ponto do São Paulo de Diego Aguirre.
Não fosse justamente essa divisão de forças, eu o apontaria como favorito para o título brasileiro. Mas ainda há no horizonte um possível confronto contra o Boca Juniors, pela semifinal da Libertadores, e outro contra o Cruzeiro, pela semifinal da Copa do Brasil. E, depois, as finais. Será possível sonhar com uma tríplice coroa? Difícil, mas não impossível.
E se os três títulos vierem? Que redenção para Scolari, hein? Da humilhação mundial dos 7 a 1 a uma conquista que superaria até a tríplice coroa do Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo, que ganhou o Estadual, a Copa do Brasil e o Brasileiro, em 2003.
Na verdade, a conquista da Libertadores seria suficiente para redimi-lo. Ou mesmo a do Brasileiro. A da Copa do Brasil, nem tanto, já que Felipão a conquistou com o próprio Palmeiras, num ano em que encaminhou o rebaixamento do Verdão e, convenhamos, apesar do prêmio milionário, ainda é um torneio menor – e bem mais fácil para os que vêm da Libertadores.
Por tudo isso, Felipão vai se tornando a grande “novidade” do futebol brasileiro no pós-Copa. Quem diria, hein? Vanderlei Luxemburgo deve estar torcendo muito por ele, para que algum clube decida apostar também na sua (improvável) ressurreição...
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