Invasão indiana: como nova fábrica deve acelerar vinda de motos ao Brasil

Depois que o diretor executivo da Bajaj Auto, Rakesh Sharma, revelou os planos da gigante indiana em ter uma fábrica em Manaus (AM), a Bajaj do Brasil se pronunciou sobre o assunto. Segundo a subsidiária brasileira, a unidade fabril deve começar a operar no segundo semestre de 2024 com capacidade para produzir 20 mil motos por ano.
"A rápida expansão da nossa rede e os bons volumes entregues aliados ao feedback qualitativo dos atuais e potenciais consumidores foram fundamentais para encorajar a Bajaj Auto Limited a passar para a próxima etapa da nossa estratégia", afirmou Waldyr Ferreira, Country Manager da Bajaj do Brasil.
A planta será a primeira unidade produtiva da Bajaj fora da Índia e permitirá que a gigante indiana acelere os planos de expansão da rede de concessionárias no País.
Hoje, existem oito concessionárias Bajaj no Brasil: cinco no Estado de São Paulo, uma em Santa Catarina, outra no Rio de Janeiro e uma recém-inaugurada em Brasília (DF). Até o final do ano, a marca planeja abrir novas lojas em Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), e uma também na região Norte.
Novas motos da Bajaj
Em seu comunicado, a Bajaj do Brasil afirmou que a fábrica própria permitirá ampliar a linha de motocicletas da marca para o mercado brasileiro. Atualmente, a marca indiana comercializa três modelos no País: Dominar 160, Dominar 200 e Dominar 400. Até agora, a Bajaj já vendeu cerca de 2000 unidades, sendo a Dominar 400 o modelo de maior sucesso.

As motos Bajaj, por enquanto, são montadas pela Dafra em Manaus. Como a fábrica da gigante indiana deve começar a funcionar só em 2024, até lá a montagem continuará sendo feita pela parceira.
"Temos uma parceria estratégica com a Dafra e esperamos continuar atuando em conjunto para complementar nossas próprias operações de montagem", reforçou o diretor-executivo da Bajaj Auto, Rakesh Sharma.
Entretanto, a parceria impõe limites de produção e dificulta o crescimento da marca. Afinal, regras do Polo Industrial de Manaus limitam a quantidade de motos que podem ser montadas mensalmente, de acordo com os processo produtivos executados.
Além disso, para trazer novos modelos, a Bajaj precisa encontrar "espaço" na linha de montagem da Dafra, que teve o melhor volume de produção dos últimos oito anos em junho passado. Afinal, além de montar seus próprios modelos, a Dafra produz motos da Bajaj, Ducati, KTM e Royal Enfield. Em resumo, para crescer no país, a gigante indiana teria mesmo que ter sua própria fábrica.
Dessa forma, como afirmou a subsidiária a brasileira, podem chegar novos modelos às lojas, como a custom Avenger 160 e a Dominar 250, que já estavam nos planos da marca. Outro modelo cotado é a Pulsar NS 250, uma moto street de 250 cc que viria para rivalizar com Yamaha Fazer 250 e Honda CB 300F Twister.

Recentemente, no Festival interlagos 2023, a Bajaj expôs a scooter elétrica Chetak. Segundo Waldyr Ferreira, a primeira moto elétrica da Bajaj também está nos planos da marca para o mercado brasileiro.
Além disso, o Brasil serviria também como base para o desenvolvimento de novos produtos para a América Latina. Afinal, Rakesh Sharma afirmou, no anúncio oficial da vinda da Bajaj ao País, que uma moto trail estaria nos planos da marca.
Como o chefão da Bajaj também revelou que a planta irá montar as motos KTM, também é provável que novos modelos da marca austríaca cheguem ao País. Entre os mais aguardados está a aventureira 390 Adventure, produzida pela Bajaj na Índia e que teria espaço no mercado nacional.
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