'Exigência com mulheres é maior do que com homens', diz atriz que fez Elite
Danna Paola, 28, é fã de Anitta, Pabllo Vittar e Luísa Sonza, já gravou músicas com Jão, fez parte do elenco da série "Elite" (Netflix) e agora é a nova embaixadora da campanha Viva Glam da MAC. A mexicana decidiu deixar a atuação de lado para se dedicar apenas à música —e deu certo. Em maio, ela chegou ao Brasil com sua turnê "Danna Live" e encantou os fãs com seus hits com pegada pop latino.
"Mal posso acreditar que essa foi a minha primeira vez no Brasil. Fiquei muito feliz", disse em entrevista a Universa. No papo, ela falou um pouco sobre como a maquiagem marcou sua vida e dos preconceitos que a mulher enfrenta na indústria da música.
Universa: Você é o rosto da nova campanha de Viva Glam da MAC. Como se sente vendo seu nome ao lado de outras grandes estrelas, como Lady Gaga e Miley Cyrus?
Danna: Estou muito orgulhosa de ter sido escolhida para ser embaixadora. É um sonho que se tornou realidade para mim. Trabalhamos juntos para pensar todos os detalhes desde o ano passado, porque é algo realmente enorme. Estou muito honrada de fazer parte desse longo legado e principalmente das causas que a venda deste batom apoia.
A MAC é uma das maiores marcas de beleza do mundo. Você vê a escolha do seu nome para representá-la como um reconhecimento de seu trabalho?
Isso é algo muito grande para mim. As maquiagem da MAC têm uma história especial na minha vida. Elas sempre me ajudaram na hora que precisei expressar minha arte. E agora vejo meu rosto em outdoors nos aeroportos, sabe? Estou muito orgulhosa --e minha adolescente interior também!
Você, como artista, deve usar muita maquiagem o tempo todo. Consegue também se sentir bem de cara lavada?
As mulheres precisam decidir como se sentem confortáveis ou poderosas. Acho que fazer um make nos ajuda a se sentir bem. Descobri usando maquiagem que posso ser artista e me expressar pela maneira que me apresento. Mas também me sinto linda sem ela.
Em dias ruins, gosto de fazer uma make para melhorar meu astral. Em outros, só uma máscara para cílios já resolve.
Você deixou o elenco da série "Elite", um sucesso da Netflix, para se dedicar só a música. Ficou tensa com essa decisão?
Fiquei, mas ao mesmo tempo estava seguindo meus instintos e música é o que quero fazer nesse momento. Meu álbum novo acaba de ser lançado e sinto que foi a decisão certa. Me deu frio na barriga e foi difícil, mas acho que tomadas de decisão importantes costumam ser mesmo. E na vida precisamos tomá-las.
Falando no "Childstar", você tem alguma música preferida? Dá pra escolher?
Eu amo meu álbum todo, mas tem dias que prefiro uma música ou outra, Nesse momento, minha vibe tá mais na faixa "Platonik". O single principal é "Atari" e gosto muito de dançar ao som dela. E ainda tem a "Tenemos que Hablar", que é uma das minhas preferidas.
Você sofreu algum preconceito por ser latina no mundo do entretenimento?
Não, mas por ser mulher, sim. Ainda é difícil ser mulher na indústria. Os latinos estão dominando o mundo e a música não tem limites e nem barreiras.
Mas nós, mulheres, sofremos muita pressão e passamos por momentos difíceis em busca de respeito em um mercado dominado por homens. Estamos trabalhando duro e adoro ver mais artistas, produtos e engenheiras musicais que são mulheres. Mesmo que seja complicado, estamos mudando o jogo. A exigência com a gente é maior do que com os homens e acho difícil mudar, mas estamos trabalhando para isso.
Você já cantou com o Jão e tem músicas gravadas com ele. Costuma escutar artistas brasileiros? Tem preferidos?
Sim, cantei com o Jão! Adoro a Luísa Sonza, a Pabllo Vittar e, claro, a Anitta. Há anos tento aprender português e ainda sigo nesse esforço. Queria muito poder cantar na sua língua. Acho a cultura e as músicas brasileiras incríveis. Sou muito fã.
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