Falta de sintonia entre Galvão e Luís Roberto salva abertura da chatice
"Quem é que sobe?" Galvão Bueno costuma repetir essa pergunta em suas transmissões de futebol quando um time joga a bola na área e os adversários hesitam na hora de reagir. Eventualmente, mais de um jogador se apresenta para o lance e todos acabam se atrapalhando.
Foi mais ou menos o que aconteceu durante a cerimônia de abertura da Olimpíada em Paris na tarde desta sexta-feira. Luís Roberto era o narrador titular. Acostumado ao cargo principal, Galvão Bueno muitas vezes dividiu a bola com seu colega.
Foi a primeira experiência do craque na função de comentarista em um evento tão importante assim. Desta feita, muitas vezes eles acabaram se atropelando, não deixando o outro encerrar a linha do raciocínio. Daiane dos Santos, Ítalo Ferreira e a equipe de reportagem também viveram grandes emoções enquanto a dupla ia descobrindo qual espaço ocupar.
Os primeiros 180 minutos foram especialmente tensos, mais atordoantes que qualquer episódio da série The Bear. Depois até se acostumaram à presença um do outro -mas sem jamais relaxar. Foi o que garantiu uma emoção especial ao espetáculo razoavelmente modorrento em Paris, que se estendeu por inacreditáveis quatro horas inteirinhas.
Luís Roberto teve certa dificuldade de consolidar algumas informações, enquanto Galvão atravessava e puxava para si a responsabilidade de ler algumas passagens do roteiro. Chegou até a interpretar uma música do John Lennon em português -"Imagine", que Luís havia rebatizado de "Escuridão" alguns momentos antes.
Brincaram em vários momentos, também. Galvão definiu certo momento como o melhor até então, e Luís Roberto provocou questionando se tinha sido melhor até que a Lady Gaga. Preocupado com o fã-clube da cantora, o narrador em dia de comentarista voltou para se explicar melhor e louvar a musa dos 'little monsters'.
Detalhando questões do clima na França, Galvão ouviu de Luís Roberto que seria em breve contratado como 'homem do tempo'. Em outra oportunidade, Galvão não se fez de rogado e adiantou que pretende voltar para a cobertura olímpica em 2028.
No encerramento, Luís Roberto pediu para Galvão escolher seu momento preferido na cerimônia. Galvão falou de si mesmo, como costuma fazer com raro talento. Disse que já viu e falou muito em outras oportunidades, mas dessa vez preferiu sentir. Se ele assistir à reprise, vai perceber que não falou tão pouco assim.
Para a nossa sorte! Foi uma tarde confusa, mas extremamente satisfatória. A TV ao vivo cresce muito no meio da bagunça.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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