O que acontece com celulares roubados que a polícia não consegue devolver?

A Polícia Civil tenta identificar os donos de mais de 10 mil celulares que foram roubados ou furtados no estado de São Paulo.

O que aconteceu

Polícia recuperou 10,7 mil celulares em endereços suspeitos na capital e na região metropolitana. Uma operação montada na segunda-feira (10) prendeu 69 suspeitos de envolvimento em um esquema de receptação de aparelhos.

Identificação das vítimas depende do registro de boletim de ocorrência. O dono deve informar no BO o número de IMEI do celular, que pode ser encontrado na caixa do aparelho. O código funciona como um RG e diferencia um aparelho dos demais.

Polícia consulta número do IMEI para identificar os donos. "Caso seja possível fazer o processo de forma manual no próprio distrito e com a localização da vítima, o celular será prontamente entregue ao proprietário", explicou o delegado Daniel Borgues, da 1ª seccional de polícia.

Processo é mais demorado no caso de celulares quebrados, descarregados, sem bateria ou com senha de bloqueio. Eles passam por perícia para identificação dos donos. "Eles são encaminhados para o departamento de inteligência para que com a ajuda de um software seja possível quebrar essa criptografia e realizar a extração desse número de IMEI".

Polícia pede que vítimas não vão à delegacia pedir informação do celular perdido. "Quando as autoridades conseguem identificar os proprietários, eles são contatados diretamente pelos oficiais".

E os celulares que não são identificados?

Os celulares sem donos são destruídos. Quando não é possível identificar a vítima, a Polícia Civil solicita uma ordem judicial para a destruição do dispositivo.

Até terça (11), a polícia devolveu 737 celulares após a identificação dos donos. A maioria, 672, foi entregue na capital paulista.

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Como foi a operação

Informações registrados nos BOs auxiliaram na identificação dos endereços alvos da operação Big Mobile. A partir do sinal de GPS captados pelas vítimas, os agentes chegaram a imóveis como lojas, locais para onde os celulares eram encaminhados após os crimes.

Investigados analisaram mais de 1,5 mil BOs, registrados entre janeiro e fevereiro. Cerca de 2 mil policiais participaram da operação na capital e região metropolitana.

Outros 16 mil celulares foram recuperados na primeira e segunda fase da operação Big Mobile, em janeiro. Cerca de 2 mil aparelhos estão em processo de devolução.

Em 2024, a Polícia Civil recuperou mais de 39 mil celulares, sendo que quase 36 mil foram devolvidos aos donos. A informação é da SSP (Secretaria de Segurança Pública).

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