Quais países mais venceram o Oscar de melhor filme internacional?

"Ainda Estou Aqui" concorre a melhor filme internacional da 97ª edição do Oscar. A categoria foi criada há 69 anos, e agora o Brasil tem uma chance de vencer o troféu pela primeira vez. Veja os países que mais venceram:

A Itália é o país com mais filmes vencedores na categoria. São 14 estatuetas, sendo quatro delas do diretor Federico Fellini, que detém o recorde de maior vencedor da categoria. A Itália também foi o primeiro país a enviar um filme para consideração, em 1947 —na época, ainda não havia uma competição entre os filmes em língua não inglesa, mas a Academia homenageava uma obra por ano com um Prêmio Especial.

O segundo lugar é da França, que venceu 12 vezes. O país enviou seu primeiro filme à Academia em 1948. Em número de indicações, o país supera a Itália e assume a liderança: a França foi indicada 41 vezes e a Itália, 33. Uma das vitórias da França é, também, um pouco brasileira: "Orfeu Negro" (1959) é uma coprodução brasileira, francesa e italiana, ambientada no Brasil e baseada em uma peça de Vinícius de Moraes. No entanto, pelo fato de o diretor ser francês, o longa foi inscrito no Oscar pelo país europeu.

'Orfeu Negro' ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960, mas o prêmio foi para a França
'Orfeu Negro' ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960, mas o prêmio foi para a França Imagem: Divulgação

Depois, vem o Japão, com 5 vitórias. O arquipélago asiático se candidatou pela primeira vez em 1951, e foi indicado a melhor filme internacional 18 vezes.

Dinamarca e Espanha estão empatadas com 4 Oscars de melhor filme internacional. Em número de indicações, a Espanha vence: o país concorreu 21 vezes, contra 14 da Dinamarca. Ambas se candidataram pela primeira vez em 1956.

Quatro países venceram três vezes: Países Baixos, Alemanha, Suécia e a União Soviética. No caso da União Soviética, a contagem é feita entre o primeiro ano de candidatura, 1963, e o ano de dissolução do país, 1991. Após a fragmentação, apenas quatro países que formavam a URSS tiveram filmes indicados: Rússia, Geórgia, Estônia e Cazaquistão. Apenas a Rússia tem um troféu de melhor filme estrangeiro, por "O Sol Enganador" (1994).

Cena do filme 'O Sol Enganador', pelo qual a Rússia ganhou seu único Oscar de melhor filme estrangeiro em 1995
Cena do filme 'O Sol Enganador', pelo qual a Rússia ganhou seu único Oscar de melhor filme estrangeiro em 1995 Imagem: Reprodução

Seis países já ganharam dois troféus de melhor filme internacional. Irã, Áustria, Suíça, Tchecoslováquia, Argentina e Hungria compõem a lista.

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14 países venceram o prêmio apenas uma vez. São eles: Coreia do Sul, Costa do Marfim, Chile, Bósnia e Herzegovina, África do Sul, Taiwan, República Tcheca, Argélia, Rússia, Alemanha Ocidental, México, Polônia, Canadá e Reino Unido. Os dois últimos venceram com filmes cuja maioria dos diálogos é em língua não inglesa, conforme o regulamento do Oscar: respectivamente, "As Invasões Bárbaras" (em francês, 2003) e "Zona de Interesse" (alemão, 2023)

O Brasil foi indicado cinco vezes. Neste ano, o país concorre com "Ainda Estou Aqui". Os filmes selecionados foram: "O Pagador de Promessas" (1962), "O Quatrilho" (1995), "O Que É Isso, Companheiro?" (1997) e "Central do Brasil" (1998), mas nunca venceu o prêmio.

Contando os prêmios especiais, foram distribuídos 77 troféus para filmes de língua não inglesa. 60 deles foram para países europeus. Nove são da Ásia, cinco das Américas e três da África.

40 comentários

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Maria Lúcia Gross Siqueira Cunha

Vamos ter nosso primeiro Oscar? seria muito justo. Estamos na torcida. O filme de Walter Salles é um documentário que mostra o que foi o período da ditadura militar no Brasil. Entretanto, tem sensibilidade e homenageia uma mulher até então desconhecida do grande público. É emocionante.

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Maria das Graças

La vem a esquerda se valer do sucesso do filme para enfatizar a polarização. Exatamente como fazem os bolsonaristas, a militância petista não perde a ocasião para reforçar o ódio. O filme deveria unir os brasileiros por ter sido produzido no país. Mas não há brasileiro preocupado com o Brasil, não é verdade? Uns torcem por uma brasileira apenas por ser uma atriz petista. Outros torcem pelo brasileiro apenas por ser um surfista ou um futebolista bolsonarista. E ambos, propulsores do ódio, se dizem patriotas. Pobre Brasil, tão belo, não merecia ter que existir com tantos brasileiros vivendo no seu território. 

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Marisol Gomes Cordeiro

Não vai vencer de novo.  

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