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Corinthians: Cuca contrata escritório na Suíça para tentar provar inocência

Cuca durante Goiás x Corinthians pelo Campeonato Brasileir - Isabela Azine/AGIF
Cuca durante Goiás x Corinthians pelo Campeonato Brasileir Imagem: Isabela Azine/AGIF

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

25/04/2023 18h21

O técnico Cuca, do Corinthians, contratou um escritório na Suíça para tentar provar sua inocência no "caso Berna", de 1987.

O que aconteceu

Cuca quer provar que não esteve envolvido no estupro da menina de 13 anos, embora tenha sido condenado pela participação no ato sexual.. O Corinthians teve acesso a documentos e se sente seguro para confiar na palavra do técnico.

O advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro na Suíça, afirmou ao UOL que a menina reconheceu Cuca como um dos agressores. Ele também disse que o sêmen do treinador brasileiro foi usado como prova no caso.

A alegação desmente a versão que Cuca deu em sua apresentação ao Corinthians. Ele destacou em sua explicação que não foi reconhecido pela vítima.

O Corinthians segue bancando o treinador mesmo com a divergência das declarações. Cuca estará na beira do gramado contra o Remo, amanhã, pela Copa do Brasil, no que será o primeiro jogo do treinador na Neo Química Arena.

O treinador vem sendo alvo de protestos por parte de torcedores desde que foi anunciado pelo Corinthians. Antes de contratar o treinador, o clube consultou os departamentos jurídico e de compliance, que deram o aval para a chegada do profissional.

Entenda o caso

Cuca foi detido em 1987 sob acusação de ter participado do estupro de uma menina de 13 anos. O ato, segundo a acusação, teve participação dos também atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi.

Os quatro jogadores ficaram detidos no país durante um mês. Eles voltaram ao Brasil apenas após prestarem depoimento e a fase de instrução do processo ter sido encerrada.

Em depoimento, a vítima afirmou ter ido com amigos ao quarto dos atletas para pedir uma camisa do Grêmio. Os jogadores teriam expulsado os colegas da garota e a forçado durante 30 minutos a manter relação sexuais.

A condenação aconteceu dois anos mais tarde, mas nenhum deles chegou a ser preso.

Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, o Cacalo, à época vice-presidente jurídico do Grêmio, disse em entrevista ao UOL em 2021 que apenas um dos atletas teve relação com a menina — ele não quis revelar o nome, mas afirmou ter sido consensual e não ser Cuca. "Os outros, como não houve uma prova definitiva e, na verdade, não mantiveram relação, foram condenados por estarem ali".

Ao UOL, Cuca, em 2021, relembrou o caso pela última vez e deu sua versão dos fatos.

"Sou uma pessoa do bem, vivo numa família de mulheres, 90% da minha família são mulheres! Esse episódio de 1987 precisa ser explicado. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente. Sou um cara de cabeça e consciência tranquila. Tenho a consciência tranquila", afirmou o treinador.

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