Grêmio fecha três jogos sem vitória e se assusta com 'Gre-Nal inaceitável'
Constrangedora. Horrorosa. Abaixo da crítica. Inaceitável. Esta é a avaliação do Grêmio para a atuação do time diante do Internacional, no Gre-Nal 435. O discurso com tom mais forte, de certa forma, rouba a cena diante do momento do clube. Com a derrota por 1 a 0, no Beira-Rio, pelo Gauchão, o time de Roger Machado chega a três partidas sem vencer. Com carências cada vez mais escancaradas. E em contagem regressiva até a estreia na Série B.
Além do tropeço para o Inter, o Grêmio vem de empate em 1 a 1 com o Novo Hamburgo e a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil diante do Mirassol, no interior de São Paulo.
É consenso nos bastidores do Grêmio que o time chegou fragilizado ao Beira-Rio. Sem Ferreira e Diego Souza, o ataque foi preenchido por jovens que saíram das categorias de base há poucos dias. Mas também é unanimidade que o elenco tem mais carências.
"Jogamos pessimamente hoje [ontem ,quarta]", disse Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio. "Jogamos muito mal. Se olhar esse jogo, é como dizer 'vamos começar tudo de novo'. Mas não é assim. Foi o pior Gre-Nal da minha vida, mas serve para corrigir, alertar. Buscar soluções", acrescentou.
Além da diretoria, Roger Machado também não poupou palavras mais duras ao falar do time e do desempenho no Gre-Nal. Fora dos microfones, a avaliação é que as fragilidades foram potencializadas por um ambiente de abatimento.
O jogo contra o Mirassol golpeou forte o Grêmio. A leitura, de momento, é que a eliminação em um jogo com duas viradas ao longo do confronto mexeu com o ambiente. Os problemas prévios ficaram ainda maiores, dentro dessa avaliação.
Em menos de um mês, a diretoria deu uma guinada. Demitiu Vagner Mancini, que foi mantido no cargo após o rebaixamento, e trocou o discurso sobre o elenco. Substituiu a frase "grupo fechado" por "o elenco do Grêmio ainda está em formação, não resta dúvida", como mencionou Romildo Bolzan Jr., presidente do clube.
"Temos um elenco pequeno e realmente há um desequilíbrio em relação à característica, número e qualidade em algumas posições", afirmou Roger, antes dos dirigentes se manifestarem. "Estamos discutindo há tempos, o mercado é muito restrito, mas nós sabemos o que precisamos", completou.
A estreia do Grêmio na Série B é diante da Ponte Preta, em Campinas, possivelmente em 4 de abril — a CBF ainda não definiu as datas oficialmente.
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