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Sem Ronaldinho e sem Diego Tardelli, Atlético-MG procura novo protagonista

Tardelli e Ronaldinho Gaúcho eram as referências do Atlético-MG em 2013 e 2014 - REUTERS/Gaston Brito
Tardelli e Ronaldinho Gaúcho eram as referências do Atlético-MG em 2013 e 2014 Imagem: REUTERS/Gaston Brito

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

14/03/2015 06h00

Durante a conquista da Copa Libertadores de 2013 o Atlético-MG formou vários ídolos, como o goleiro Victor, os zagueiros Réver e Leonardo Silva, os volantes Pierre e Leandro Donizete, além dos atacantes Jô e Bernard. Mas nenhum nome com o peso e a importância de Ronaldinho Gaúcho. História que repetiu na conquista da última Copa do Brasil, quando Diego Tardelli conduziu o time com outros atletas de reconhecida importância na história do clube, como Marcos Rocha, Jemerson, Dátolo e Luan, por exemplo.

No entanto, pouco mais de três meses após bater o maior rival na final do torneio nacional, o Atlético não conta mais com Ronaldinho Gáucho, esse saiu na metade do ano passado, e com Diego Tardelli, negociado como futebol chinês durante o mês de janeiro. Sem contar com nenhum protagonista, uma referência técnica dentro de campo, o time alvinegro vem sofrendo bastante.

Problema esse admitido pelo técnico Levir Culpi, que apostou em alguns nomes, mas não teve o retorno desejado. “Ano passado a gente tinha o protagonista, o Tardelli. Tinha o Léo, um dos líderes do time. E mais alguns jogadores que não eram protagonistas, mas estavam numa fase muito boa. Mas o principal do time era o conjunto. Pode notar que chegamos a jogar bem, até mesmo com muitas contusões. Nesse momento o nosso maior problema taticamente, o time não está sabendo jogar, por isso os jogadores não estão rendendo individualmente. Temos que acertar parte tática, encaixar alguns jogadores que jogaram ano passado e não estão jogando agora”, comentou o treinador.

Bernard não parece ser capaz de ser esse protagonista, pelo menos no entendimento de Levir Culpi, que não é a favor da contratação do jogador do Shakhtar Donetsk. Então, a solução já estaria na Cidade do Galo. Eleito melhor jogador do futebol argentino em 2014, Lucas Pratto é o principal candidato ao posto. Mas como jogou pouco pelo clube, somente quatro partidas, o centroavante ainda não conseguiu mostrar todo o seu potencial.

Seriam Dátolo e Luan capazes de assumirem a função? Ambos mostraram valor em campanhas passadas, mas sempre como importantes ‘coadjuvantes’. Guilherme é um jogador bastante apreciado por Levir Culpi, mas o longo período no departamento médico e a dificuldade na renovação de contrato fazem o meia ser deixado de lado. Cárdenas também seria candidato se jogasse. O colombiano chegou à Cidade do Galo com status de craque, mas em minutos dentro de campo ainda não tem dois jogos completos. Certo mesmo é que o treinador do Atlético confia que esse protagonista vai aparecer logo, embora os jogadores que estiveram em campo nas últimas partidas não aproveitaram as chances.

“É aquela história, nós tínhamos o protagonista no ano passado e todo mundo ia atrás. E agora alguém tem de assumir essa coisa, de ser o protagonista, de ser o artilheiro. As oportunidades estão passando e realmente alguns jogadores não estão agarrando a oportunidade como deveriam. Mas são momentos e acho que estamos próximos de ajustar esse time e passar a ter uma regularidade jogando bem”.