Por que Klopp tem chamado Salah de 'melhor jogador do mundo'?

Na semana passada, o técnico do Liverpool, Jürgen Klopp, afirmou que Mohamed Salah merece ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo em 2021 porque não existe ninguém no planeta que tem jogado mais bola que o astro egípcio.

Independentemente da parcialidade do treinador alemão, é fato que o camisa 11 dos Reds vive um dos melhores momentos de sua carreira e tem destruído um recorde atrás do outro.

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Autor de três gols no 5 a 0 aplicado pelo Liverpool sobre o Manchester United, o craque de 29 anos isolou-se na liderança do Campeonato Inglês (dez bolas nas redes) e entrou também no top 10 da Chuteira de Ouro.

O egípcio ocupa agora a sexta posição no prêmio destinado ao artilheiro máximo das ligas nacionais da Europa na temporada, com 20 pontos. Mas quatro dos cinco homens que estão à sua frente atuam em países que utilizam calendário anual (de janeiro a dezembro) e que, portanto, já estão na reta final das competições que disputam.

Esse é o caso, por exemplo, do líder da Chuteira de Ouro, o norueguês Ohi Omoijuanfo. O atacante do Molde, que tem 36 pontos e 24 gols na corrida pelo troféu, tem só mais sete jogos pela frente nesta temporada.

O 2021/22 de Salah só está começando. Mas já é histórico. Com gols nas últimas dez partidas que disputou por seu clube, o egípcio tem agora a maior sequência de jogos balançando as redes de todos os 129 anos de existência do Liverpool.

Desde a virada do século, apenas três jogadores que atuam em alguma das maiores ligas nacionais da Europa tiveram séries mais longas que a do camisa 11: o holandês Roy Makaay (11), o português Cristiano Ronaldo (12) e o polonês Robert Lewandowski (19).

O maior vencedor da história da Chuteira de Ouro é Lionel Messi. Enquanto defendia o Barcelona, o hoje astro do Paris Saint-Germain foi o goleador da temporada em seis oportunidades: 2009/2010, 2011/2012, 2012/2013, 2016/2017, 2017/2018 e 2018/2019.

O atual detentor da taça é Lewandowski. Na edição passada do Campeonato Alemão, o centroavante do Bayern de Munique meteu 41 bolas nas redes e somou 82 pontos, maior pontuação de um artilheiro da Europa em seis anos.

Sem grandes goleadores consagrados no cenário internacional na atualidade, o Brasil está prestes a completar 20 anos de jejum. A última vez que o país do futebol faturou o prêmio foi em 2001/2002, com Jardel, na época jogador do Sporting.

O ex-centroavante do Grêmio também levantou o troféu em 1998/1999. Além dele, apenas Ronaldo (1996/1997) já havia colocado a terra tupiniquim no lugar mais alto do pódio.

Na atual temporada, o brasileiro mais bem classificado na Chuteira de Ouro é Arthur Cabral, do suíço Basel, que ocupa a 12ª colocação, com 18 pontos (12 gols). O país tem só mais dois representantes no top 100: João Pedro (Cagliari-ITA), em 45º, e Júnior Brumado (Midtjylland-DIN), em 83º.

O "Blog do Rafael Reis" publica semanalmente, sempre às terças-feiras, uma nova parcial da corrida pelo posto de artilheiro máximo do Velho Continente.

Confira a classificação da Chuteira de Ouro

1 - Ohi Omoijuanfo (NOR, Molde) - 36 pontos (24 gols)
2 - Thomas Lehne Olsen (NOR, Lillestrom) - 27 pontos (18 gols)
Veton Berisha (NOR, Viking Stavanger) - 27 pontos (18 gols)
4 - Mikke Dahl (DIN, Tórshavn) - 24 pontos (24 gols)
5 - Ricardo Gomes (CBV, Partizan Belgrado) - 22,5 pontos (15 gols)
6 - Henri Anier (EST, Paide Linnameeskond) - 20 pontos (20 gols)
Mohamed Salah (EGI, Liverpool) - 20 pontos (10 gols)
Robert Lewandowski (POL, Bayern de Munique) - 20 pontos (10 gols)
9 - Erik Botheim (NOR, Bodo/Glimt) - 19,5 pontos (13 gols)
10 - Georgie Kelly (IRL, Bohemian) - 19 pontos (19 gols)
Zakaria Beglarishvilli (GEO, Levadia) - 19 pontos (19 gols)