Fifa prepara sua 'Champions' no Super Mundial. Quem pode estragar a festa?
Os cabeças de chave no Super Mundial da Fifa não eram todos europeus. Mas após o sorteio, basta uma rápida análise dos grupos para ficar mais claro o objetivo da entidade máxima do futebol. Como bem observou o jornalista André Rocha, "é a Fifa querendo uma Champions só para ela a partir das quartas".
Os cabeças de chaves sul-americanos tiveram sorteio direcionado, mas, na prática, os times europeus têm esse status. E reuni-los em torneio que se pareça com a Champions League, a maior competição de clubes do futebol mundial, é o claro objetivo "fifista".
Em resumo, se os representantes da Uefa vencerem suas chaves e passarem pelas oitavas de final, a Fifa terá o que deseja: oito representantes da Europa a partir das quartas. Seria uma mini-Champions, que em caso de sucesso poderia crescer e rivalizar com a original em algum tempo.
Mas é possível estragar a festa. Nem todos os times do "Velho Mundo" que estarão no certame nos Estados Unidos são imbatíveis, ou algo próximo disso. Um sul-americano bem treinado, e com bons jogadores, pode superar um europeu nesse cenário.
Esse poderá ser o desafio dos brasileiros, que exceto o Botafogo, terão oponentes mais acessíveis na fase de grupos. Quem se classificar nesta etapa e depois eventualmente surpreender um europeu terá feito um belíssimo papel. Título? Melhor não alimentar esperanças, pois seria preciso, provavelmente, superar três adversários da Europa.
Missão quase impossível, a não ser que os representantes da Uefa não levem o torneio da Fifa tão a sério e embarquem para os Estados Unidos sem muito interesse. Como no certame realizado no Brasil em 2000, que um dia o ex-lateral Roberto Carlos chamou de "Mundialito".
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