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Botafogo chegará à final da Libertadores jogando bola com inteligência

Depois de o Atlético-MG garantir a vaga para a final da Libertadores de forma incrível, chegou a vez do Botafogo se apresentar como finalista.

O Galo fez história ao eliminar o River Plate em pleno Monumental de Núñez lotado, sendo que a grande final será ali mesmo.

O Atlético-MG, de Gabriel Milito, foi brilhante e inteligente porque não vacilou quando jogou em casa, indo para cima para fazer um resultado que não desse margem para qualquer situação estranha no jogo dessa terça-feira (30).

Além dos 3 x 0, a postura da equipe nas duas partidas foi crucial para chegar com méritos à final.

O Atlético-MG foi melhor nos dois jogos em todos os sentidos, mas principalmente no tático e emocional.

A situação do Botafogo, numericamente, é muito mais confortável, pois amassou o Peñarol por 5 x 0 e tem uma equipe infinitamente melhor. Só que o torcedor do time uruguaio e algumas autoridades já mostraram qual será o ambiente do jogo.

Mudaram o local da partida do estádio Campeón del Siglo para o histórico estádio Centenário, com grandes riscos de conflitos por tudo o que aconteceu no Rio de Janeiro na semana passada.

Pressão excessiva na arbitragem, conivência com jogadas duras acima do normal, violência descabida... Ou seja, o cenário desenhado para essa decisão é esse. Acredito que o trabalho mental do treinador Artur Jorge será primordial para que nada diferente de uma partida decisiva aconteça.

O Botafogo tem um grande time e está chegando à final com muita força, assim como o Galo. Foram os dois melhores times da competição e do ano, pois ambos estão com chances de ganhar dois títulos.

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O Botafogo disputa a Libertadores e o Brasileiro; o Atlético-MG, a Libertadores e a Copa do Brasil.

Isso mostra o incrível trabalho que esses dois clubes, os dois treinadores e, obviamente, o grupo de jogadores estão fazendo em 2024.

Os tempos mudaram, mas tanto River quanto Peñarol são clubes com muito peso na história da Libertadores e, jogando a segunda partida em casa, parecia ser uma tarefa das mais difíceis para os times brasileiros.

Mas mostramos o nosso valor e nossa imensa superioridade, que já existe há muitos anos na Libertadores.

Estou tratando como certeza que a final será entre Atlético-MG x Botafogo porque, por mais que tentem de tudo "fora das quatro linhas", não vejo possibilidade real de o Peñarol superar o time carioca.

Para ser um grande espetáculo, espero que os jogadores do Botafogo passem ilesos de contusões ou punições para que os dois times estejam completos no dia 30/11, em Buenos Aires, para a grande final.

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Adoro futebol, e esses dois clubes são daqueles pelos quais tenho mais carinho desde criança. Lembro bem do título brasileiro de 1971, ganho pelo Galo, com gols do Odair de falta contra o São Paulo no Mineirão e do Dario no Maracanã contra o Botafogo.

Sem contar a admiração que tenho por aquele timaço dos anos 80, com Cerezo, Chicão, Reinaldo, Palhinha e Éder, que tive o prazer de enfrentar tanto jogando pela Caldense quanto pelo Corinthians.

No Botafogo, a minha paixão veio pelo time de 1968/69, que tinha nomes como Rogério, Gérson, Roberto Miranda, Jairzinho e Paulo César, sendo que todos eles foram para a Copa de 70 no México. Rogério se machucou, mas continuou na delegação para auxiliar Zagallo na observação dos adversários.

A noite para o Botafogo será intensa, difícil, talvez agressiva e violenta, mas, no final, será vitoriosa e prazerosa para o ex-time de Mané Garrincha.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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