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Transformado em drive-in, Pacaembu não reabre para futebol antes de 2023

Estádio do Pacaembu - UOL Esporte
Estádio do Pacaembu Imagem: UOL Esporte

17/07/2020 17h30

O histórico campo do Pacaembu não vai sentir tão cedo o toque de uma bola. A concessionária Allegra Pacaembu informou nesta sexta-feira (17) que não irá recuperar até a prometida reforma de todo o estádio o gramado prejudicado pela instalação de um hospital de campanha nos últimos meses. Com isso, futebol só quando o novo Pacaembu for inaugurado, não antes de 2023.

A pandemia alterou de forma brusca os planos da Allegra, que pretendia que o estádio recebesse partidas até a reforma que vai incluir a demolição do Tobogã. O estádio se transformou em um hospital de campanha contratado junto à Construtora Progen, que capitaneia o consórcio dono do Pacaembu. Só pelos hospitais do estádio municipal e do Anhembi, também erguido pela Progen, a prefeitura admite pagar ao menos R$ 45,8 milhões, de acordo com reportagem recente da revista Crusoé.

O hospital já foi desmontado, mas o que ficou por baixo dele está inutilizável para o futebol. Não apenas a grama, mas também os sistemas de drenagem e de irrigação. Seriam necessários cerca de três meses para reforma e o estádio, em tese, sequer poderia ser utilizado no Brasileirão, porque não tem a iluminação exigida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Além disso, até o fim do ano deve começar a reforma, dependendo de alvarás.

A alternativa foi, então, transformar o gramado em um cinema ao ar livre. O estádio foi alugado para a agência Dream Factory instalar um cinema em modelo de drive-in, em que os espectadores ficam dentro do carro. As sessões começam no dia 23, quinta-feira, com três exibições por dia, às 14h, 17h20 e 20h40. Em alguns dias, esse último horário recebe shows.

Durante o Campeonato Brasileiro, como revelou o blog da Marília Ruiz, o telão vai transmitir partidas do Campeonato Brasileiro. Os ingressos custam R$ 200 por carro, mas haverá a chamada "meia entrada solidária", na qual, por R$ 5, doados para uma campanha social, o comprador do ingresso ganha o direito de pagar meia - ou seja, R$ 100. Nos shows o preço dobra.