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Olhar Olímpico

Ídolo do handebol é nomeado para substituir Emanuel Rego no governo

Bruno Souza e Ginga, mascote do COB - Ana Patrícia/COB
Bruno Souza e Ginga, mascote do COB Imagem: Ana Patrícia/COB

17/07/2020 10h11

Considerado o melhor jogador brasileiro de handebol de todos os tempos no masculino, Bruno Souza é o novo secretário de alto rendimento do governo federal. A nomeação do ex-jogador fluminense de 43 anos foi publicada nesta sexta-feira (17) pelo Diário Oficial da União (DOU).

Bruno, que é natural de Niterói (RJ), chegou a ser eleito o terceiro melhor jogador do mundo em 2003, ano que ajudou a seleção brasileira a vencer os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo com um gol no último lance contra a Argentina, conquistando vaga nos Jogos Olímpicos de Atenas. Na Grécia, ele também se destacou, sendo o artilheiro da seleção brasileira. Naquele momento, brilhava no handebol europeu, onde ficou 12 anos.

Ele ainda foi ouro no Pan de Rio e disputou os Jogos Olímpicos de Pequim antes de se aposentar por uma série de lesões, que o tiraram do Pan de Guadalajara, onde o Brasil perdeu na final e ficou sem a vaga olímpica. Aposentado, foi contratado para trabalhar na organização da VIla Olímpica da Rio-2016, e acabou indicado pela organização da Olimpíada carioca para ser voluntário na Vila de Londres-2012.

Na ocasião, o Brasil foi acusado de espionagem e diversos voluntários foram dispensados. Bruno, até onde se sabe, não se envolveu. Depois de dois anos no comitê, foi nomeado secretário de esporte de Niterói (RJ), onde permaneceu até 2016.

Após a nomeação de Bruno Souza como novo secretário nacional de alto rendimento, como vinha sendo especulado há semanas, Luiz Lima (PSL-RJ) parabenizou o "amigo", pelo Twitter. Teria sido do deputado federal, que já ocupou esse cargo, a indicação do nome de Bruno Souza, assim como havia sido dele a indicação de Emanuel, demitido depois de críticas da esposa, a senadora Leila do Vôlei, ao então ministro Abraham Weintraub.

Rebaixado de Ministério para Secretaria, o Esporte Especial continua tendo cinco subsecretarias (que seguem chamadas, oficialmente, de secretarias também). A de Alto Rendimento é a que dialoga com confederações e gere o Bolsa Atleta. As demais pastas são de Esporte, Lazer e Inclusão Social (com a ex-nadadora Fabíola Molina), de paradesporto (Marcela Parsons, esposa do presidente do IPC, ainda aguarda ser nomeada), de Futebol (segue com Ronaldo Lima, amigo pessoal de Bolsonaro) e ABCD, do antidoping (com Luisa Parente, ex-ginasta).