Retinol para pele e cabelo: conheça novidade botânica e benefícios

Vitamina A para pele e cabelo é uma velha conhecida do mundo da beleza. Sua mais popular forma de utilização vem envelopada com nomes como ácido retinoico ou retinol, amplamente usados em dermocosméticos e tratamentos estéticos.
Mas uma alternativa botânica, o phyto-retinol, começa a aparecer e chama a atenção por entregar os mesmos benefícios das tradicionais substâncias, porém sem seus efeitos colaterais, como irritação e vermelhidão.
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Benefícios
A vitamina A é um poderoso antioxidante que deixa a pele bonita e também auxilia na produção de queratina dos folículos capilares. "Ela é essencial não somente para o desenvolvimento normal da pele, mas também para o crescimento e manutenção dos ossos, glândulas, dentes, unhas e cabelos, penetrando na pele e contribuindo para que permaneça lisa, saudável e melhorando suas propriedades de barreira de água, mantendo-a assim hidratada", enumera a médica especialista em dermatologia Denise Chambarelli, do Rio de Janeiro.
Essa substância é indicada desde os primeiros sinais de envelhecimento. Porém, é contraindicada para peles sensíveis e gestantes. Na hora da compra, não espere encontrar no rótulo "vitamina A" em letras garrafais: "Quando falamos de uso tópico, ela é implementada por meio de derivados e precursores, como o ácido retinoico, tretinoína, adapaleno e isotretinoína", explica o dermatologista Gustavo Limongi, de São Paulo.
Em falta x em excesso
Ao contrário de outras vitaminas, como a D, é muito difícil ter déficit de vitamina A -- isso ocorre apenas em situações bem específicas: "Os bebês prematuros, crianças, gestantes e mulheres que estão amamentando, que vivem em situações sociais difíceis, costumam sofrer com essa falta", afirma Denise.
Se usada além da conta, pode haver descamação da pele e queda de cabelo. "A vitamina A na forma tópica pode causar irritação, ardor, descamação e vermelhidão. Já na forma oral deixa a pele grosseira e causa queda de cabelo, mas só se consumida em excesso", alerta Gustavo Limongi. Apenas um médico pode avaliar os níveis seguros do uso na pele, cabelo ou via suplementação.
Phyto-retinol
Vindo da natureza e fugindo dos efeitos colaterais, o phyto-retinol é uma novidade da cosmética e ganha status de queridinho internacional, com marcas como Biossance (único disponível no Brasil), Olehenriksen e Isdin apostando muitas fichas nele. Ao contrário das versões tradicionais, a substância poderia, inclusive, ser usada por peles sensíveis -- mas vale consultar o médico antes de usar.
"Extraído da planta Babchi, tem suas raízes históricas na medicina Ayurveda. Chamado de Bakuchiol, é usado para tratar várias afecções de pele, melhorar a saúde e a vitalidade. Pesquisas recentes encontraram nele funções similares ao retinol e performance como alternativa não sensibilizante", diz a fisioterapeuta especialista em estética facial e corporal Ana Lia Vandoni. “Estes estudos clínicos demonstraram o estímulo de três tipos de fibras de colágeno e foi observada melhora significativa na aparência das linhas e rugas, uniformidade, elasticidade, firmeza e melhora global da condição dos danos solares”, complementa.
É esperado, portanto, que nos próximos meses muitas outras opções de phyto-retinol cheguem ao mercado.
Nos cabelos
A vitamina A pode ser aplicada no couro cabeludo e nos fios: "Ela participa da formação da fibra, ajuda no crescimento e deixa o cabelo mais brilhante, mas só com indicação de um especialista, como um tricologista; afinal, é absorvida pelos folículos pilosos do couro cabeludo e a alta porcentagem pode provocar toxicidade no fígado", aponta a farmacêutica bioquímica especialista em tricologia e terapia capilar Marcela Buchaim.
Os "xampus bomba" têm alta concentração de vitamina A, o que a especialista não indica. Ela também alerta para o uso indiscriminado de ampolas, adicionadas aos produtos para o cabelo: "Nesse caso pode alterar o pH desse cosmético e ter efeito contrário, piorando o aspecto do fio", alerta.
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