Lembra dele? Queridinho dos filtros, FaceApp gera multa a Apple e Google

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Lembra do Faceapp? O app de filtros, que fez sucesso em meados de 2020, fez Apple e Google serem condenados a pagar uma multa de R$ 19 milhões por violar a privacidade de usuários no Brasil, segundo decisão da Justiça do Maranhão. Ainda cabe recurso.
Mesmo que o boom do app tenha rolado há cinco anos, ele foi alvo de críticas no Brasil e no mundo pela forma como lidava com informações de usuários.
A ação coletiva argumenta o que app coletava dados sensíveis de forma indevida, tinha termos de uso em língua estrangeira e compartilhava informações com terceiros. No caso, Google e Apple foram condenadas por hospedarem a aplicação em suas lojas.
FaceApp bombou em 2019 transformando jovens em idosos
Fundado por russos, o FaceApp ganhou impulso no Brasil em 2019. Na época, os feeds das redes sociais foram tomados por fotos de pessoas idosas, geradas por um filtro do FaceApp. Outras transformações do app incluem transformar homem em mulher (e vice-versa), além de ajustes em selfies.
App se popularizou um ano após o escândalo da Cambridge Analytica. A empresa britânica usou dados coletados de milhões de usuários do Facebook para tentar manipular eleitores em campanhas políticas nos EUA e Reino Unido. Logo, nessa época, passou a haver grande escrutínio sobre uso de dados por aplicativos.
Usar o Faceapp implicava conceder uma "licença perpétua" das imagens. Termos mencionavam que usuários concediam uma "licença irrevogável, não exclusiva, isenta de royalties, global, totalmente paga e transferível", permitindo que a empresa pudesse capitalizar sobre as imagens.
Ainda em 2019, Procon-SP multou Google e Apple por fornecerem o app. A entidade argumentou que aplicativo desrespeitava Código de Defesa do Consumidor por não ter informações em português e por questões de privacidade. Mesmo não sendo desenvolvedoras do app, Google e Apple levaram a culpa por "responsabilidade solidária."
FBI diz que app tinha "risco potencial de contrainteligência". A polícia federal dos EUA anunciou em 2019 que aplicativo poderia ser usado pelo governo russo para espionagem e recomendava que americanos não o utilizassem.
Apesar de ser alvo de críticas, o FaceApp continua ativo e disponível nas lojas. O aplicativo continua fornecendo várias opções de edição de selfie (como aumentar lábio, incluir barba, óculos, entre outros ajustes), porém agora há vários avisos sobre como o aplicativo usa as imagens que coleta.
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