Ataque a Moraes, alvo da PF e mais: relembre 10 polêmicas envolvendo Musk

Um dos homens mais ricos do mundo e dono do X (antigo Twitter), Elon Musk entrou em rota de colisão com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nos últimos dias. O empresário ameaçou descumprir decisões judiciais brasileiras e ainda chamou Moraes de "Darth Vader do Brasil", em referência ao vilão da saga "Star Wars". Não descarta-se um possível bloqueio da rede social no país.

Desde que comprou o Twitter, em outubro de 2022, e mudou o nome para X, o bilionário tem feito parte de polêmicas frequentes. Relembre a seguir dez vezes em que Elon Musk virou notícia.

1. Ameaçou fechar escritório no Brasil

No último fim de semana, Musk insinuou que poderia fechar o escritório da rede no Brasil. Além disso, questionou Alexandre de Moraes do porquê de "tanta censura no Brasil".

O comentário foi feito numa postagem no perfil oficial do ministro no X, em que ele parabenizava o ex-STF Ricardo Lewandowski pela nomeação como chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, em 11 de janeiro.

2. "Censura agressiva", disse sobre o Brasil

No sábado (6), Musk voltou a escrever sobre o assunto, apontando "censura agressiva [que] parece violar a lei e a vontade do povo do Brasil". Ele fez o comentário compartilhando uma sequência de publicações do jornalista norte-americano Michael Shellenberger com o título "Twitter Files Brasil".

Nas publicações, Shellenberger afirma que "o Brasil está envolvido em um caso de ampla repressão da liberdade de expressão" liderada por Moraes.

3. "Impeachment do Darth Vader"

O empresário pediu a renúncia ou impeachment de Alexandre Moraes, além de o chamar de 'Darth Vader do Brasil'. Em uma postagem, ele disse que vai "revelar" como as decisões de Moraes supostamente "violam" as leis brasileiras. Até agora isso não foi feito.

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4. Musk investigado pela PF

Após os ataques, Moraes determinou a abertura de inquérito pela PF (Polícia Federal) para apurar a conduta do empresário. O documento exige a apuração em relação a possíveis crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime. O ministro também exigiu a inclusão de Musk como investigado no inquérito das milícias digitais.

5. Quase desistiu do Twitter

As polêmicas envolvendo o Twitter começaram antes mesmo de o empresário adquirir a plataforma. Após anunciar a compra, em abril de 2022, Musk afirmou em 13 de maio do mesmo ano que a negociação tinha sido interrompida, argumentando que a empresa precisava provar que menos de 5% das contas de usuários representam perfis falsos e de spam na plataforma. Na época, críticos disseram que a intenção de Musk era diminuir o valor ofertado pelo Twitter.

6. Cocô para ex-chefão do Twitter

O pedido de Musk resultou em uma discussão pública entre ele e o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, que afirmou que não poderia dar uma estimativa sobre o volume de contas falsas, pois essa identificação usa informações privadas. Ou seja, não poderiam ser abertas e divulgadas. Em resposta sobre esse assunto, o bilionário publicou um emoji de cocô.

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7. Saiu demitindo 3,7 mil pessoas

Em 4 de novembro de 2022, dias após assumir oficialmente o Twitter, Elon Musk anunciou a demissão de quase 50% dos 7,5 mil funcionários da plataforma. Segundo o empresário, a decisão foi necessária porque o Twitter perdia mais de US$ 4 milhões por dia.

Dias depois, o empresário também deu um ultimato aos funcionários que permaneceram, afirmando que eles deveriam trabalhar com "dedicação extrema" ou saírem pela porta da frente. A declaração promoveu centenas de pedidos de demissão.

8. Fez a conta Trump ser desbloqueada

Após anunciar a compra da plataforma e dizer que formaria um comitê de moderação de conteúdo com pontos de vista "muito diversos" no Twitter, Musk foi elogiado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

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"Estou muito feliz de que o Twitter esteja em boas mãos agora e não mais dirigido por lunáticos e maníacos da esquerda radical que realmente odeiam nosso país", disse Trump, usuário assíduo do Twitter até ser bloqueado após a invasão ao Capitólio por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.

Trump foi readmitido por Musk na plataforma ainda em novembro de 2022.

9. Reativou outras contas suspensas

Afirmando querer colocar em prática algumas ações para promover a defesa das liberdades individuais e liberdade de expressão, Musk ordenou que diversas outras contas fossem reativadas, como a do rapper Kanye West, banido por publicar conteúdo antissemita.

Contudo, Ye, como é conhecido o rapper, voltou a publicar conteúdo de ataque contra judeus, e teve que ser novamente banido.

10. Selos de verificação em contas falsas

Outra polêmica envolvendo a compra do Twitter por Musk diz respeito aos selos de verificação na plataforma. Musk passou a oferecer o selo de verificação para usuários que assinassem um plano - anteriormente o selo era distribuído apenas para usuários famosos e relevantes para evitar a ação de agentes mal intencionados com perfis falsos.

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Quando lançou a novidade, o dono da Tesla se viu no centro de uma enorme polêmica. Muitos usuários utilizaram o benefício para se passar por pessoas famosas e organizações de vários setores.

As ações da farmacêutica Lilly, por exemplo, tiveram uma queda após um perfil falso verificado sugerir a distribuição gratuita de insulina.

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