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"Velha escola" para o UFC, Cigano não teme demissão e sonha com título

Jeff Bottari/Zuffa LLC
Imagem: Jeff Bottari/Zuffa LLC

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

11/12/2020 04h00

O tempo fez com que o nome de Junior Cigano se tornasse um dos mais tradicionais do UFC. O brasileiro completou 12 anos dentro da organização e tem em seu currículo a conquista do cinturão dos pesados, que pertenceu a ele por pouco mais de um ano.

Aos 36 anos e vindo de três derrotas consecutivas, Cigano busca se reinventar para afastar o estigma de "passado" da organização. Quando anunciou a luta do brasileiro contra Ciryl Gane, o UFC chamou de "o duelo da velha escola contra a nova escola".

"Acredito que a intenção deles foi falar da experiência, porque o Cyril acabou de chegar ao UFC. Porque está longe disso de velha escola para mim. Tenho 36 anos e estou me sentindo ótimo. Meus treinos e o dia a dia só mostram que estou muito bem e com vontade de trazer isso para a hora da luta para fazer as coisas funcionarem direito, porque elas não têm funcionado muito bem", disse.

Os últimos desafios não terminaram da maneira que Cigano esperava. Ele vinha de uma sequência de três vitórias seguidas quando a má fase começou em junho de 2019. Desde então, foram três nocautes contra Francis Ngannou, Curtis Blaydes e Jairzinho Rozenstruik.

A má fase de Cigano acontece em um momento em que o UFC planeja um corte de até 60 lutadores de seu quadro, segundo Dana White, presidente da organização. Recentemente, Yoel Romero, ex-desafiante ao cinturão dos médios, foi dispensado do Ultimate. O receio, no entanto, não preocupa o brasileiro.

"Essa é uma situação que a gente não tem controle. A gente é funcionário dessa organização e eles podem fazer o que eles quiserem a qualquer momento. Independentemente do que aconteça, se o UFC decidir que você não funciona mais para eles, eles cancelam seu contrato. Mas isso não tem me afetado muito. Óbvio que eu não quero sair da organização, a minha intenção sempre foi e sempre vai ser vencer as minhas lutas e continuar prosseguindo, continuar buscando o grande objetivo que é o cinturão".

Mesmo com a série de resultados negativos, Cigano acredita que uma nova caminha rumo ao cinturão é possível. Na conta dele, uma sequência de três vitórias poderia colocá-lo de volta entre os nomes que almejam tirar o título da cintura de Stipe Miocic.

"Essas crenças que a gente tem, os sonhos que a gente tem não podem morrer. E é assim que eu levo a minha vida. Eu amo fazer o que eu faço, amo esse esporte e o dia que eu não quiser mais ser campeão, provavelmente vou parar de lutar, porque aí eu vou perder o foco, o grande objetivo que é chegar naquele cinturão novamente e mostrar que eu estava certo"

Junior Cigano e Ciryl Gane farão a luta que abrirá o card principal do UFC 256, que acontecerá amanhã (12), em Las Vegas, nos Estados Unidos. O evento terá como luta principal a disputa do cinturão dos moscas, entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno.

UFC 256
Las Vegas (EUA) - 12/12/2020

Card Principal (0h, horário de Brasília):

Peso-mosca: Deiveson Figueiredo x Brandon Moreno
Peso-leve: Tony Ferguson x Charles do Bronx
Peso-leve: Renato Moicano x Rafael Fiziev
Peso-médio: Kevin Holland x Ronaldo Jacaré
Peso-pesado: Junior Cigano x Ciryl Gané

Card Preliminar (20h):

Peso-pena: Cub Swanson x Daniel Pineda
Peso-palha: Mackenzie Dern x Virna Jandiroba
Peso-palha: Tecia Torres x Sam Hughes
Peso-pena: Billy Quarantillo x Gavin Tucker
Peso-pesado: Sergey Spivak x Jared Vanderaa
Peso-pena: Chase Hooper x Peter Barrett