Corinthians: Órgão do Conselho aponta aumento de R$ 829 mi de endividamento

O Conselho de Orientação e Fiscalização (Cori) do Corinthians recomendou a reprovação das contas do exercício de 2024 do clube e apontou diversas irregularidades no balanço apresentado pelo departamento financeiro da atual gestão.

O que aconteceu

Entre as principais divergências, o Cori aponta aumento de R$ 829 milhões no passivo total do clube. A dívida cresceu mais de R$ 300 milhões além do aumento total da arrecadação. O endividamento está "muito próximo do total do faturamento", voltando a subir após queda nos últimos três anos.

O Cori também citou falta de respostas a diversos ofícios anteriores, sem a devida apresentação de explicações e documentos.

No total, o relatório do Cori aponta 15 pontos de preocupação. Veja mais detalhes na sequência da reportagem.

O UOL procurou a assessoria do presidente Augusto Melo, que ainda não teve acesso ao documento. Em caso de resposta, esse texto será atualizado.

Veja os principais pontos a seguir

Lançamento da vaquinha da Gaviões como receita do clube. Valores arrecadados pela torcida para quitação da Arena (R$ 34 milhões) foram lançados como receita do clube em "outras receitas operacionais". O Cori notou deduções de R$ 36,5 milhões de ISS sobre bilheteria, além de um desconto de 0,45% para serviços de plataforma, fato desconhecido pelo órgão. Segundo a imprensa, a titularidade bancária dessa conta na Caixa Econômica Federal é do Fundo da Arena.

Falta de resposta a ofícios e solicitações. Mesmo após diversas solicitações, a diretoria não atendeu parcial ou totalmente a diversos itens. Exemplos citados incluem a falta de apresentação de faturas de cartão de crédito, que somaram mais de R$ 2,8 milhões até junho de 2024 e, posteriormente, R$ 4,8 milhões com divergências "não discriminadas".

Demonstrativo de utilização dos recursos da XP/LFU. Não foi fornecido demonstrativo da aplicação dos R$ 150 milhões captados junto à XP, com garantia no contrato da LFU.

Continua após a publicidade

Falta dos contratos de Memphis Depay. Nenhum dos 5 contratos do camisa 10 do Timão foram apresentados ao Cori, órgão que deve opinar sobre valores pagos pelo patrocinador e pelo clube, que podem ter impacto no orçamento e no fluxo de caixa.

Falta de providências com patrocinadores. Em relação à Pixbet, o clube não contestou judicialmente a multa de R$ 40 milhões e assumiu R$ 4 milhões em honorários advocatícios. No caso da Vai de Bet, o motivo de nenhuma medida judicial ter sido tomada também não foi explicado.

Materiais esportivos da Nike. Não foram apresentadas as composições dos materiais esportivos da Nike, gerando preocupação devido aos valores envolvidos — mais de R$ 12 milhões em notas fiscais em 2024. Se confirmado, o valor extrapolaria em 3 vezes a cota do clube junto à empresa.

5 comentários

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Mcik

Calma pessoal. Fiz umas contas aqui. Mais umas 190 vaquinhas resolveria. Quem doou R$ 10.000,00 é só doar mais R$ 1.890.000,00.

Denunciar

Davi Marinho Correia de Sousa

Jajá vão pro ultimo recurso que tem: caos e terrorismo. "Se o corinthians nao puder jogar, ninguém pode"

Denunciar

Eduardo Pinto da Silva

E a tal auditoria que a EY (se não me engano) estava fazendo logo no início do mandato do Augusto e que iria mostrar tudo de ruim que a oposição (R&T) tinha deixado de herança ? Ninguém toca mais no assunto.

Denunciar