Dois gols, uma assistência, muita provocação e o protagonismo na classificação. Deyverson roubou a cena na semifinal entre Atlético-MG e River Plate e deixou seu nome na boca do povo argentino tanto para o bem quanto para o mal.
Após causar todo um "furacão" entre os hermanos, o atacante volta a Buenos Aires e ao estádio Monumental de Nuñez, desta vez para a final da Libertadores, neste sábado (30), às 17h, contra o Botafogo.
Odiado no River, amado no Boca
O desempenho e as atitudes de Deyverson causaram sentimentos controversos entre os argentinos. Muitos o odeiam, mas outros tantos o amam.
O torcedor do River Plate ainda tem pesadelos com o atacante. Não bastassem os dois gols e a assistência no jogo de ida em Belo Horizonte (ainda teve um tento anulado), ele provocou e muito nas duas partidas.
Classificação e jogos
Na capital mineira, por exemplo, deixou jogador adversário no vácuo, simulou, alfinetou... Em Buenos Aires, se não balançou a rede novamente, irritou bastante.
Deyverson simplesmente fez um gestual da camisa do Boca Juniors em pleno Monumental de Nuñez. Antes, já havia aparecido no ônibus do Atlético-MG carregando uma sacola com a camisa dos Xeneizes. Não satisfeito, quando foi substituído na partida, sacou protetores auriculares e os colocou nos ouvidos enquanto era vaiado.
O UOL esteve no Monumental de Nuñez na sexta (29), véspera da final. Por lá, as provocações de Deyverson ainda causam rancor no torcedor do River Plate: "Que morra! Não queremos vê-lo nem pintado!", disse um torcedor.
Outro afirmou que o atacante será neutralizado pelo zagueiro argentino Alexander Barboza, do Botafogo. O mesmo também minimizou as provocações do irreverente jogador do Atlético: "É no campo que se resolve tudo. Não é falando".
Sobre o Deyverson, eles pegaram muita pilha das provocações dele (risos), principalmente em relação ao Boca
Thalles Ferraz, fundador da Galo Hermano, torcida de atleticanos que moram em Buenos Aires
Deyverson tem o sonho de jogar no Boca
Deyverson não esconde o sonho de jogar pelo Boca Juniors. O atacante admitiu no ano passado, quando jogava pelo Cuiabá, ter o desejo de atuar no maior rival do River Plate.
O atacante do Atlético-MG citou motivos que o fizeram criar carinho pelo Boca Juniors. Maradona e outros ídolos do clube argentino estão entre eles.
O UOL foi ao bairro "La Boca", onde fica o estádio "La Bombonera", do Boca Juniors. Por lá, o "flerte" de Deyverson com o clube caiu bem:
Ele tem que fechar com o Boca. Quero que o traga porque se vê que ele é provocador e isso que o Boca precisa. Imagina ele fazer isso num clássico aqui na Argentina (risos)?
Josias, torcedor do Boca
É um bom jogador. Eu gosto que ele quer vir para o Boca. Se o jogador quer vir para o Boca, tem que trazer. Me parece um bostero (apelido do torcedor do Boca) mais.
Lorenzo Días, vendedor ambulante na porta da Bombonera
Eu gosto do Deyverson. É como um jogador argentino. Há muitos jogadores que sonham jogar no Boca Juniors. É difícil vestir essa camisa, essa é a realidade. Mas se quiser vir, que venha. Nós o esperamos.
Pablo González, torcedor do Boca
Deyverson faz carinho em redes do Monumental
Deyverson chamou a atenção no reconhecimento do gramado do Atlético-MG ao fazer carinho nas redes das duas balizas do estádio Monumental de Nuñez.
O Galo entrou às 15h, pouco depois do Alvinegro carioca, e o atacante fez questão de caminhar tranquilamente de ponta à ponta do campo na sexta.
Ao chegar nos gols, Deyverson passou a mão nas redes como se estivesse as acariciando. Após fazê-las estufar, voltou para o centro do campo.
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