Técnico do Botafogo diz que final é o 'jogo mais importante da carreira'
Artur Jorge, técnico do Botafogo, concedeu entrevista coletiva na tarde de hoje (29), véspera da final da Libertadores. O comandante afirmou se tratar do "jogo mais importante da carreira".
O duelo com o Atlético-MG vai acontecer no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina.
Arrisco-me a dizer que este será o jogo mais importante da minha carreira. Não tenho grandes dúvidas sobre isso. Será o jogo mais importante da minha carreira, que me traz também a responsabilidade, mas, acima de tudo, a satisfação. Nós temos falado muito sobre isso internamente: a satisfação de podermos aproveitar o momento, desfrutar. Não queremos dizer, com isso, que não saibamos da responsabilidade que temos. Temos os sonhos de muita gente conosco, mas temos essa capacidade também de saber que a responsabilidade não nos tira o gosto de viver este momento Artur Jorge
O que mais ele falou?
Importância do jogo. "Tenho obrigação para com o clube de demonstrar o quão grato que estou pela oportunidade de poder assumir e liderar esse projeto. Tão grato que estou por ter essa torcida do meu lado. Tenho uma determinação e um desejo muito grande de poder fazer parte dessa história. Carregada de ambição e esperança. Para que possamos chegar a um grande título. E nesse sentido teremos muita vontade. Tudo daremos, tudo faremos, olhando para dentro, naquilo que está ao nosso alcance, para chegar onde queremos".
Ausência do zagueiro Bastos. "Sobre não ter o Bastos, temos uma competitividade interna tremenda. Para mim, o mais difícil é escolher os 11. Peço sempre para os meus jogadores que não desanimem. Que não levem as decisões para o lado pessoal. Porque aquilo que é o mais difícil para o treinador é escolher quem vai iniciar. Temos em cada uma das posições jogadores que podem jogar e dar o mesmo rendimento. É uma equipe extremamente competitiva. Vocês não assistem nossos treinos e não sabem a competitividade que temos internamente. Para mim, técnico, é uma grande satisfação poder escolher entre dois bons. É sempre mais fácil".
Expectativa para a final. "A partir daquilo que é o percurso e o caminho que foi feito pelas amigas equipes, aquilo que é o mérito de chegar a uma final deixando para trás muitos outros rivais com a mesma ambição, com a ambição de chegar a esta final e de vencer. Naturalmente, nós temos a ambição de poder estar melhor para podermos vencer, porque viemos exatamente com essa determinação: disputar esta final, mas com o intuito e uma clara vontade de ganhar, para podermos fazer história".
Pediu dicas a Jorge Jesus ou Abel Ferreira, outros portugueses campeões da Libertadores? "Não, aquilo que posso pegar é reduzir mais aquilo que é o resultado final, quero muito repetir o que eles já conseguiram fazer, naturalmente foram duas referências também para mim. Acompanhei em Portugal o que eles fizeram e tiveram oportunidades nesta competição. Ao dia de hoje, cabe-me ter a responsabilidade de poder liderar um clube, uma equipe, um grupo de homens carregados de ambição, para lutar por esta vitória e por este troféu como se amanhã não houvesse".
Contexto do jogo. "A diferença é que nós estamos perante um jogo em que tudo fica decidido. Todo o contexto, todo o envolvimento faz toda a diferença. Nós, pela experiência também que temos no futebol, já tivemos a oportunidade de disputar outras finais, não com a dimensão desta, mas sabemos que o contexto é diferente. Ou seja, aquilo que é favoritismo, reduz a uma igualdade para cada uma das equipes, faz com que aquilo que possa ser o resultado final seja muitas vezes decidido pelo detalhe. E o detalhe pode ser apenas isso: a determinação, a ambição que cada uma das equipe, a atitude competitiva. O contexto será sempre muito diferente daquilo que nós tivemos em termos de campeonato, o jogo do Rio e o jogo este último que jogamos em casa do adversário, porque este é um jogo em que tudo se decide amanhã. Portanto, as duas equipas têm uma meta muito clara e fizeram um percurso. De grande exigência para aqui chegar e, portanto, aquilo que fica na história é o nome dos vencedores e nós queremos conseguir fazer com que amanhã o nome falado seja Botafogo".
Competitividade do elenco. "É importante perceber que a importância dentro do elenco não se mede só pelo tempo que joga. Temos jogadores que atuam pouco e tem uma importância enormíssima. Seja por aquilo que representam, seja por aquilo que castigam o colega de trabalho que está jogando. Mas também pela forma que sabem e tem espírito coletivo. Nunca o ego superou o que é o espírito da equipe. Por isso estamos na final hoje e com o Brasileirão a disputar. Essa competitividade resulta em uma equipe que tem uma fome tremenda, é insaciável em chegar aos objetivos, que sempre são os títulos.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.