Da várzea à CBF, Ednaldo leva seleção para 'casa', mas foge dos holofotes

O presidente Ednaldo Rodrigues levou a seleção brasileira para a sua "casa", mas foge dos holofotes na Bahia.

O que aconteceu

Natural de Vitória da Conquista, o presidente Ednaldo está presente em Salvador, mas tem aparições discretas na rotina da seleção brasileira que treinou no Barradão e enfrentará o Uruguai na Fonte Nova.

Ednaldo só "se misturou" uma vez, quando acompanhou as entrevistas coletivas de André e Léo Ortiz em uma das salas do Barradão. O presidente chegou em cima da hora e saiu sem falar com os jornalistas.

Durante o treino, o presidente fica perto da comissão, dirigentes e convidados, diferentemente de outras ocasiões, quando apareceu para se posicionar em questões como a avaliação do treinador e o calendário.

O mandatário foi recebido pelo presidente do Vitória, Fábio Mota, e esteve com Ricardo Lima, presidente da Federação Baiana de Futebol.

A única medida "popular" de Ednaldo Rodrigues foi liberar alguns torcedores no treino do último domingo, no Barradão.

Ednaldo havia sido cobrado pelos populares no sábado, quando a CBF fechou a porta para os torcedores. Vários classificaram como "vergonhoso" o presidente, que é da Bahia, não valorizar os baianos.

Em Belém, na preparação para o duelo com a Venezuela, Ednaldo Rodrigues não apareceu. A rotina foi completamente diferente da ida anterior ao Pará, em 2023, quando o presidente deu entrevistas diariamente,liberou treino aberto à população e até deixou a imprensa assistir um treino na íntegra.

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O futuro do presidente

Ao mesmo tempo em que vive indefinição no STF sobre a validade da eleição, Ednaldo vem de uma vitória interna junto às federações para aumentar o limite de reeleições.

Ele pode comandar a CBF por três mandatos, o que tira o fator estatutário da discussão sobre o próximo pleito. O teto anterior era dois.

Há interpretações divergentes sobre até quando Ednaldo poderia ficar no comando da CBF. Se o mandato tampão não contar, pode ser até 2034 - mandatos de 2022-2026; de 2026-2030 e de 2030-2034.

A trajetória na Bahia

Ednaldo foi um lateral-esquerdo de um time amador em Vitória da Conquista, o União Atlético Clube, nos anos 1970 e 1980. Passou longe da carreira profissional e tinha seu sustento como gerente da Coca-Cola, e depois da Pepsi.

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A iniciação no universo da cartolagem se deu pela presidência da Liga Conquistense de Desportes Terrestres. Em 1992, veio o primeiro cargo na Federação Bahiana: diretor do departamento de interior. Em 1997, virou vice. Quatro anos depois, atingiu a presidência — e jamais assumiu para qual time torce.

O presidente tem 70 anos e assumiu o comando da CBF em 2022, sendo o único candidato na eleição pela chapa "Pacificação e Purificação do Futebol Brasileiro".

Ednaldo Rodrigues recebeu 137 dos 141 votos possíveis. Das 27 federações, apenas a alagoana não compareceu. Foram ainda 40 votos dos 20 clubes da Série A (peso 2) e outros 19 da Série B (peso 1).

14 comentários

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Valkiria Marks Szinvelski

Afundou a CBF com sua incapacidade de gestão e da sua farandula. Deveria ter ficado na Segunda Divisão. Parvo.

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Horácio Monteschio

Seleção sem padrão de jogo! jogadores sem caráter! futebol brasileiro não vence um campeonato mundial interclubes há mais de 12 anos! Empatar com a Venezuela?! que vergonha. fui assistir o jogo das estrelas em Curitiba - Rivaldo, Cafu, Ricardinho, Romário, Edmundo - esses eram craques!! 

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Renato Hideo Caetano da Silva

Da várzea à seleção, levou a seleção à várzea. Não sozinho, claro. 

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