O Corinthians perdia por 2 a 0 para o Palmeiras no primeiro tempo do clássico até que a chuva apertou e deixou o gramado da Neo Química Arena cheio de poças, dificultando o andamento da partida e jogadas ofensivas dos dois times, e o dono da casa conseguiu um gol nessas condições ainda no primeiro tempo, antes de buscar o empate no início da segunda etapa para definir o placar de 2 a 2 e sair com o seu segundo ponto somado em dois jogos pelo Campeonato Paulista.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os os jornalistas Vinicius Mesquita, José Trajano, Débora Miranda e Renato Maurício Prado —, Débora analisa o jogo entre os rivais paulistas e afirma que a chuva foi um aliado do Corinthians na partida ao dificultar o jogo em velocidade do Palmeiras, que estava funcionando até o momento em que o gramado ficou encharcado.
"O Palmeiras marcou logo um gol, mas aí eu acho que a chuva veio para dar uma ajudada ali, lavar a zica e e deu uma ajuda para o Corinthians no fundo, porque o Palmeiras era um time muito mais veloz, muito rápido, os gols do Palmeiras mostram isso, o Gil e o Jemerson o tempo todo sozinhos, rendidos, sem conseguir muito acompanhar a velocidade do Palmeiras, e a chuva torrencial em Itaquera acabou fazendo com que o jogo ficasse um pouco mais lento, acabou favorecendo um pouco as bolas mais longas", diz Débora.
A jornalista chama a atenção para a situação incomum para o estádio corintiano, com o sistema de drenagem não dando conta da quantidade de chuva e diz que o temporal em Itaquera foi um 12º jogador do Corinthians na partida.
"Virou um pouco várzea, encheu mesmo com a Arena Corinthians tendo uma estrutura teoricamente muito boa de escoamento de água, era cai no chão, virou meio uma coisa salve-se quem puder", afirma Débora.
"O Mateus [Vital] conseguiu marcar um ainda, muito frio ali, muito acertado e no segundo tempo o Corinthians empatou ainda meio nessa pegada de tentar o que desse ali no campo ainda bastante molhado, chovendo menos, mas no campo ainda bastante molhado, então acho que no fim das contas a chuva deu aquela força, na ausência da torcida, foi ali o 12º jogador que o Corinthians precisava para conseguir o empate", completa.
Na análise, ela considera que os times acabaram aceitando mais o resultado de igualdade no fim da partida, se arriscando menos em um cenário atípico, de desfalques de ambos os lados, com diferentes motivos, os casos de covid-19 no Corinthians e a final da Copa do Brasil para o Palmeiras.
"Na minha visão os dois times se acomodaram ali com o que tinham, com exceção de algum lance ou outro ali de mais perigo e tudo mais, ficou um jogo meio acomodado eu acho. Começaram a fazer modificações, o Palmeiras já de olho no segundo jogo da Copa do Brasil, já foi tirando alguns jogadores que eram importantes para o time e colocando mais meninos, enfim, acho que depois que empatou eles meio 'ficou bom para todo mundo' e foi assim mesmo", conclui.
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