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Auxiliar de Chamusca, filho de Autuori volta ao Botafogo e ajuda retomada

Caio Autuori, Marcelo Chamusca e Eduardo Freeland conversam com integrantes da comissão do Botafogo - Vítor Silva/Botafogo
Caio Autuori, Marcelo Chamusca e Eduardo Freeland conversam com integrantes da comissão do Botafogo Imagem: Vítor Silva/Botafogo

Alexandre Araújo e Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

24/02/2021 04h00

O técnico Marcelo Chamusca chegou ao Botafogo com a missão de comandar o time na Série B do Campeonato Brasileiro e, neste trabalho, pode-se dizer que terá a ajuda de um DNA campeão. O treinador terá como auxiliar Caio Autuori. O sobrenome não é coincidência e já é um velho conhecido da torcida alvinegra. Trata-se do filho de Paulo Autuori, treinador com íntimas ligações com o Glorioso.

Paulo Autuori foi o comandante do título do Brasileiro de 1995 e teve ainda outras passagens por General Severiano, incluindo uma no ano passado, quando ficou cerca de oito meses no cargo. À época, foi sucedido por Bruno Lazaroni.

Caio, por sua vez, já trilha o próprio caminho no mundo do futebol há bastante tempo e trabalha ao lado de Chamusca desde o período em que o técnico esteve no Cuiabá. Os primeiros passos dele na carreira foram dados em 1995, nas categorias de base do Nova Iguaçu.

Marcelo Chamusca e Caio Autuori no Cuiabá - Thiago Carvalho / AssCom Dourado - Thiago Carvalho / AssCom Dourado
Imagem: Thiago Carvalho / AssCom Dourado

"Ele tem um DNA muito bom. O pai dele, além de treinador de alto nível, é uma pessoa super educada, cortês. Um craque nesse ponto, mas a gente nunca confundiu as coisas. O Caio sempre foi um rapaz com uma visão muito boa. Desde o início, demonstrou competência, visão. Sempre teve um olho bom para identificar jogadores. Tinha a teoria, mas tinha a sensibilidade da prática perto dele. Sempre achamos que ele iria galgar bons espaços no futebol e isso aconteceu rapidamente", lembra Janio Moraes, presidente do Nova Iguaçu.

"Acho que o Botafogo vai estar bem servido. E não falo isso para fazer média. Ele sempre mostrou isso, tanto que rapidamente cresceu. Começou no infantil e já no ano seguinte estava nos juniores, conseguindo, em uma categoria superior, manter a qualidade e exigência do trabalho", completou.

De lá para cá, Caio comandou os juniores do antigo Murici, de Alagoas, Juvenil do Vasco e infantil do próprio Botafogo. No exterior, fez estágios no Benfica, de Portugal, e Alianza Lima, do Peru.

Posteriormente, foi auxiliar de Renê Weber, que morreu no fim do ano passado em consequência da Covid-19, quando teve passagens por America-RJ, base da seleção e novamente o Nova Iguaçu. Ele também tem no currículo trabalhos no Juventude, Anápolis, Desportivo Brasil e Guarani, quando foi auxiliar de Umberto Louzer.

"Ser filho do Paulo Autuori abre portas, mas se você não tiver competência, não se estabelece em lugar nenhum. A responsabilidade é dobrada por causa da comparação com meu pai. Com certeza serei mais cobrado e a tendência é essa cobrança aumentar ainda mais. Já foi assim no início de carreira e depois dessa passagem pela seleção será maior ainda. Procuro assimilar pontos positivos de todos os bons profissionais que admiro. O principal com meu pai foi à postura e o equilíbrio na hora de comandar", disse Caio, em entrevista ao site Pele.Net, concedida ainda em fevereiro de 2005, e publicada no UOL Esporte.

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