! Filho de Autuori também quer seguir carreira - 17/02/2005 - Pelé.Net - Revista
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  17/02/2005 - 11h36
Filho de Autuori também quer seguir carreira

Do Pelé.Net

RIO DE JANEIRO - Filho de peixe, peixinho é. Baseado nesse ditado popular, mais um treinador busca espaço no futebol brasileiro. Auxiliar técnico de Rene Weber na Seleção Brasileira Sub-20, Caio Mauricio Falcão de Mello, filho de Paulo Autuori (de Mello), começa a ganhar notoriedade nos gramados brasileiros.

Entretanto, quem pensa que o técnico está iniciando sua carreira agora está enganado. Aos 31 anos, Caio já está há dez anos no meio, tendo começado como treinador do time de juniores do Nova Iguaçu, em 1995.

Depois disso, trabalhou no futebol alagoano, dirigindo a equipe de juniores do Murici (antigo Dínamo), passou pelo infantil do Botafogo, juvenil do Vasco e depois foi fazer estágios no exterior, no Benfica (Portugal) e Alianza de Lima (Peru), ambas equipes que já tiveram o pai como técnico. Em 2004, Caio aceitou o convite para ser auxiliar de Rene no América-RJ.

A partir de então, ele tem sido o braço direito do ex-jogador do Flu na década de 1980, mesma função que o próprio Rene exerceu junto ao pai de Caio até dois anos atrás. Ele reconhece que, para iniciar a carreira, o prestígio de Autuori ajudou, mas garante, em entrevista exclusiva ao Pelé.Net, que as cobranças são maiores.

"Ser filho do Paulo Autuori abre portas, mas se você não tiver competência, você não se estabelece em lugar nenhum. A responsabilidade é dobrada por causa da comparação com meu pai. Com certeza serei mais cobrado e a tendência é essa cobrança aumentar ainda mais. Já foi assim no inicio de carreira e depois dessa passagem pela Seleção será maior ainda", disse Caio, que procura absorver do pai o equilíbrio na hora de comandar as equipes:

"Procuro assimilar pontos positivos de todos os bons profissionais que admiro. O principal com meu pai foi à postura e o equilíbrio na hora de comandar".

Fanático por futebol como todo bom brasileiro, Caio garante que, desde criança, sabia que iria trabalhar na modalidade. Na infância, o sonho era de se tornar jogador, mas logo cedo teve que abandonar a idéia.

"Sempre quis estar no futebol. Ou como jogador ou trabalhando diretamente. Como não deu para ser jogador, porque desde os 15 anos sofria com um problema de miopia, sabia que estaria de outro jeito no meio. Desde garoto esse é o meu sonho", disse Caio.

Desejo europeu
Como o sonho de estar no futebol já foi concretizado, o auxiliar de Rene Weber agora tem outras metas a serem atingidas. De inicio, pretende se firmar como técnico de um time profissional. Apesar de só ter comandado equipes nas categorias de base, Caio afirma que deseja dirigir um grande clube.

"O sonho de qualquer treinador é ir para o profissional. Tive esse tempo todo em divisões de base, tirando 2004, quando fui auxiliar do Rene no América-RJ no Estadual. Se aparecer uma proposta interessante, com boas condições, aceitaria. Almejo o futebol profissional", disse o treinador, que tem um sonho ainda mais ambicioso para o futuro:

"Eu sonho um dia trabalhar na Europa. Admiro a estrutura do futebol europeu e quero trabalhar lá".

Enquanto isso não se concretiza, Caio trata de cuidar do presente. No momento, sua preocupação é ajudar Rene Weber a acertar a Seleção Brasileira Sub-20, que em junho disputará o mundial da categoria, na Holanda. Para ele, o Brasil tem tudo para conquistar o pentacampeonato de juniores.

"Estou bastante confiante. O grupo é muito bom e tem tudo para vencer. Fizemos um bom Sul-Americano [disputado no inicio do ano na Colômbia; o Brasil foi vice], apesar de termos tido problemas de arbitragem em um, dois jogos. Mas o objetivo era se classificar", disse.


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