Rafael Reis

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'Amarelada' histórica do Leverkusen teve zagueiro do penta e vices mundiais

Prestes a conquistar pela primeira vez na história um título do Campeonato Alemão, o Bayer Leverkusen já bateu na trave várias vezes ao longo de 119 anos de história.

O clube da farmacêutica responsável pela aspirina terminou cinco temporadas da primeira divisão germânica como vice-campeão. E essa "insistência" em não levantar o troféu lhe rendeu o maldoso apelido de "Neverkusen", um trocadilho entre a palavra inglesa "never" (nunca, em português) e seu nome.

E uma dessas temporadas de quase título foi especialmente dolorosa para seus torcedores. Em 2001/02, a taça estava tão próxima que a "amarelada" protagonizada pela equipe rubro-negra ainda é tratada hoje como uma das maiores já vistas no primeiro escalão do futebol europeu.

'Dream Team' do quase

O elenco do Leverkusen para a primeira temporada do século 21 era de encher os olhos.

Entre os grandes nomes dirigidos pelo técnico Klaus Toppmöller estava o zagueiro Lúcio, que se consagraria pentacampeão mundial no fim daquela temporada, o meia Zé Roberto, que mais tarde faria história no Bayern de Munique, e seis jogadores da seleção alemã que seria batida pelo Brasil na Copa-2002, incluindo Michael Ballack, o astro da companhia.

O time era tão bom que chegou até à final da Liga dos Campeões da Europa (perdeu para o Real Madrid, graças a um inesquecível gol de voleio de Zinédine Zidane). Durante a histórica campanha para alcançar a decisão, despachou potências do porte de Barcelona, Arsenal, Juventus, Liverpool e Manchester United.

Na Bundesliga, o Leverkusen também não deu mole... pelo menos, não durante a maior parte da temporada. A equipe liderou durante 16 rodadas, demorou 15 jogos para sofrer a primeira derrota e chegou a emendar sete vitórias consecutivas.

Faltando três rodadas para o fim da temporada, o time da Bayer tinha quatro pontos de vantagem para o Borussia Dortmund. Parecia que os fins do jejum e das piadas eram inevitáveis.

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Só que aí começaram os tropeços. Uma derrota em casa para o Werder Bremen e outra como visitante contra o Nuremberg, que lutava contra o rebaixamento, fizeram o Leverkusen entregar a liderança para o Dortmund. E, a vitória por 2 a 1 sobre o Hertha Berlim, no último jogo do campeonato, não foi suficiente para impedir o título aurinegro e a "amarelada" histórica.

Chegou a hora?

Ainda invicto depois da disputa de 28 rodadas do Alemão (24 vitórias e quatro empates), o Leverkusen conseguiu abrir 16 pontos de diferença para Bayern de Munique e Stuttgart, únicos times ainda com chances matemáticas de impedir seu título.

Para ser campeão já neste fim de semana, com cinco rodadas de antecedência, basta à equipe comandada por Xabi Alonso manter a vantagem atual para os vice-líderes. Ou seja, ela só precisa fazer o mesmo resultado dos seus concorrentes diretos.

Isso significa que o Leverkusen encerrará sua longa espera pelo grito de campeão caso vença o Werder Bremen, domingo, na BayArena. Mas que ele também pode festejar com um empate ou mesmo derrota se Bayern e Stuttgart não fizerem o dever de casa contra Colônia e Eintracht Frankfurt, respectivamente, amanhã.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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