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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Por onde andam 7 jogadores que brilharam no futebol de Olimpíadas passadas?

Leandro Damião foi o artilheiro dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 - Nigel Roddis/Reuters
Leandro Damião foi o artilheiro dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 Imagem: Nigel Roddis/Reuters

27/07/2021 04h00

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De quatro em quatro anos (cinco, desta vez), a lista de heróis olímpicos é renovada com a inclusão de mais alguns nomes que se destacaram na principal competição poliesportiva do planeta.

Esses campeões, medalhistas ou simplesmente atletas que brilharam no evento mesmo sem conseguir um lugarzinho no pódio surgem das mais variadas modalidades... até mesmo do futebol.

O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo os paradeiros atuais de sete jogadores que se destacaram em edições anteriores do torneio masculino de futebol olímpico. O que será que eles andam fazendo da vida hoje em dia?

LEANDRO DAMIÃO
Atacante
32 anos
Brasileiro
Londres-2012

Em uma época em que conquistar a medalha de ouro ainda era uma obsessão para a seleção masculina, Leandro Damião foi o grande responsável pelo Brasil quase ter subido ao alto do pódio nos Jogos disputados no Reino Unido. Apesar de contar com companheiros de peso, como Neymar e Hulk, foi o então centroavante do Internacional quem terminou como artilheiro do torneio. Damião fez seis gols em Londres, dois deles na semifinal contra a Coreia do Sul. Depois da prata, o atacante ainda se manteve em alto nível por mais um tempinho e serviu a seleção principal até 2013. Depois, seu futebol caiu de produção, e ele teve de buscar refúgio na Ásia. Atualmente, está na terceira temporada pelo Kawasaki Frontale, do Japão, clube pelo qual já conquistou cinco títulos, e é o vice-artilheiro desta edição da J-League.

NILS PETERSEN
Atacante
32 anos
Alemão
Rio-2016

Petersen (Alemanha) - Mariana Bazo/Reuters - Mariana Bazo/Reuters
Imagem: Mariana Bazo/Reuters

Cinco anos atrás, a seleção alemã perdeu a final olímpica para o Brasil. Mas Petersen foi embora do Rio todo sorridente e com o nome gravado na história da competição graças aos cinco gols que marcou em um único jogo (vitória por 10 a 0 sobre Fiji, ainda na primeira fase). Mas a boa campanha olímpica não rendeu ao jogador um espaço frequente nas convocações do time principal germânico. O atacante, que continua defendendo o Freiburg, só teve duas oportunidades ao lado dos adultos da Alemanha. Na última temporada, marcou apenas oito gols e terminou a Bundesliga na metade da tabela.

NWANKWO KANU
Ex-atacante
44 anos
Nigeriano
Atlanta-1996

Kanu (Nigéria) - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Protagonista do primeiro título de uma seleção africana no torneio olímpico, o capitão da Nigéria povoou durante muito tempo os pesadelos do Brasil, sua vítima na semifinal em Atlanta. Depois dos Jogos, quando tinha tudo para se firmar como um jogador do primeiro escalão mundial, Kanu descobriu um problema cardíaco e teve de ficar vários meses sem jogar futebol. O nigeriano retomou a carreira, defendeu o Arsenal e disputou três Copas do Mundo (1998, 2002 e 2010), mas nunca se transformou no craque que parecia ser. Ele pendurou as chuteiras em 2012, no Portsmouth, da Inglaterra. Hoje, é proprietário de um canal na internet que transmite programação esportiva e também atua como embaixador da Unicef.

ORIBE PERALTA
Atacante
37 anos
Mexicano
Londres-2012

Oribe Peralta celebra gol na final masculina de futebol dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres - Martin Bernetti/AFP Photo - Martin Bernetti/AFP Photo
Imagem: Martin Bernetti/AFP Photo

O cara da final da Olimpíada de Londres, o centroavante mexicano marcou duas vezes contra o Brasil e adiou por quatro anos a conquista do ouro da equipe canarinho. A decisão olímpica foi o grande momento da carreira de Peralta com a camisa do México, ainda que ele tenha disputado também duas Copas do Mundo (2014 e 2018) e vencido uma Copa Ouro (2015). Aos 37 anos, o veterano continua em atividade pelo Chivas Guadalajara, mas não balança as redes desde fevereiro do ano passado e quase nunca tem a oportunidade de ser escalado como titular.

GIUSEPPE ROSSI
Atacante
34 anos
Italiano
Pequim-2008

Giuseppe Rossi (Itália) - Claudio Villa/Getty Images - Claudio Villa/Getty Images
Imagem: Claudio Villa/Getty Images

Um dos atacantes mais talentosos que o futebol italiano produziu neste século, Rossi teve seu grande momento na Olimpíada chinesa, quando foi artilheiro da competição e levou a Azzurra até as quartas de final. O problema é que essa foi uma das raras fases que o jogador esteve no esplendor da forma física. Durante a maior parte da carreira, o italiano conviveu com contusões musculares e no joelho que foram minando sua capacidade de se destacar nos gramados. A mais recente tentativa de Rossi de voltar a brilhar foi na MLS. No ano passado, ele defendeu o Real Salt Lake City. Só que os problemas físicos só permitiram que ele jogasse 168 minutos de futebol em uma temporada inteira.

PATRICK M'BOMA
Atacante
50 anos
Camaronês
Sydney-2000

M'Boma (Camarões) - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

A seleção camaronesa que venceu os Jogos de Sydney até contava com Samuel Eto'o. Mas, na época, o grande nome da equipe era outro, Patrick M'Boma, atacante que jogava na Itália pelo Cagliari. Com o futebol mostrado no torneio olímpico, onde marcou quatro vezes e foi o vice-artilheiro da competição, o jogador conseguiu ser eleito o melhor africano do ano 2000 e descolou uma transferência para o Parma. M'Boma ainda jogou até 2005. Depois, mergulhou na carreira de dirigente esportivo. No começo do mês, foi apontado como novo secretário-adjunto da CAF (Confederação Africana de Futebol).

KIKO
Ex-atacante
49 anos
Espanhol
Barcelona-1992

Kiko (Espanha) - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Pep Guardiola e Luis Enrique são os nomes mais lembrados da seleção espanhola que ganhou a medalha de ouro em 1992, último título olímpico de uma equipe europeia no futebol masculino. Mas quem realmente se destacou na campanha vitoriosa na Catalunha foi Kiko. O então atacante do Cádiz fez cinco gols, dois deles na vitória por 3 a 2 sobre a Polônia que valeu o lugar mais alto no pódio. Depois do sucesso na seleção olímpica, o jogador se transferiu para o Atlético de Madri, onde passou a maior parte da carreira (oito temporadas). Como colchonero, Kiko disputou a Copa do Mundo-1998 e marcou mais de 50 gols. Ele se aposentou em 2002 e hoje trabalha como comentarista esportivo na TV espanhola.