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Rafael Reis

5 motivos para Lewandowski ser eleito o melhor jogador do mundo

Lewandowski é o favorito para vencer pela 1ª vez o prêmio de melhor do mundo - Sebastian Widmann/Bongarts/Getty Images
Lewandowski é o favorito para vencer pela 1ª vez o prêmio de melhor do mundo Imagem: Sebastian Widmann/Bongarts/Getty Images

17/12/2020 04h00

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Ser eleito o melhor do mundo é a maior honraria individual que um jogador de futebol pode conquistar ao longo da carreira. Até por isso, é tão desejada pelos atletas que ocupam o primeiro escalão da modalidade e que acompanham apreensivamente os resultados da premiação anualmente.

Hoje, quando a Fifa anunciar os vencedores do "The Best" 2020, dois dos finalistas já estarão escaldados.

Afinal, o argentino Lionel Messi (Barcelona) é apenas o recordista da história das eleições da Fifa, com seis troféus. O português Cristiano Ronaldo (Juventus) não fica muito atrás e já levou o troféu para casa em cinco oportunidades.

Curiosamente, o favorito deste ano é o único que jamais subiu ao pódio. Quarto colocado em 2015, o polonês Robert Lewandowski (Bayern de Munique) é o nome mais cotado para receber a alcunha de melhor do mundo.

Desde terça-feira, o "Blog do Rafael Reis" está mostrando as armas de cada candidato para vencer o "The Best".

Depois de apresentar as razões pelas quais Cristiano Ronaldo merece ser escolhido como craque máximo do planeta na última temporada e fazer o mesmo com Messi, hoje a série chega ao fim explicando o favoritismo de Lewandowsi.

Vale lembrar que a cerimônia deste ano será diferente. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, não haverá aquela luxuosa tradicional festa de premiação, e os vencedores serão anunciados virtualmente, pela internet.

5 motivos para Lewandowski ser o melhor do mundo

O MELHOR DO MELHOR DO MUNDO
O Bayern de Munique ganhou tudo que podia na temporada passada: Liga dos Campeões, Campeonato Alemão e Copa da Alemanha. Com direito a algumas atuações épicas, como na goleada por 8 a 2 aplicada sobre o Barcelona, nas quartas da Champions, foi inquestionavelmente a equipe de futebol mais vitoriosa e agradável de se ver durante 2019/20. E Lewandowski foi "apenas" o protagonista desse elenco histórico. Ou seja, o melhor jogador do melhor time do mundo. É pouco?

É GOL QUE VOCÊ QUER?

Lewandowski sempre foi uma máquina de gols e já vinha entregando há algum tempo mais de 40 bolas nas redes por ano. Mas, na temporada passada, ele se superou. Somando as partidas que disputou por Bayern e pela seleção polonesa, ele comemorou 59 vezes, maior marca de toda a sua carreira. Artilheiro do Alemão e da Champions, o camisa 9 deixou bem para trás os desempenhos dos outros finalistas do "The Best": CR7 marcou 48 gols ao longo de 2019/20 e Messi, 33.

CRIADOR DE GOLS
O favorito do "The Best" deste ano não foi apenas o artilheiro da temporada, mas também aquele que mais participou diretamente de jogadas que resultaram em gols. Na soma entre gols e assistências, Lewandowski foi ativo em 71 lances que modificaram o placar das partidas em que ele esteve envolvido. Messi participou de 61 jogadas de gol durante o período analisado, enquanto CR7, "somente" de 55.

TRAUMA DO PASSADO
Uma crítica recorrente a Lewandowski é que ele costumava se esconder na hora do "vamos ver". E esse "porém" ao seu futebol não estava muito errado, já ele entrou na temporada passada carregando um jejum de oito partidas consecutivas válidas pela fase final da Liga dos Campeões sem conseguir balançar as redes. Mas esse trauma foi superado. Com exceção da decisão contra o Paris Saint-Germain, o polonês marcou em todas as rodadas dos mata-matas da última Champions: foram três gols contra o Chelsea (oitavas de final), um ante o Barcelona (quartas) e outro sobre o Lyon (semifinal). Desta vez, Lewa foi inquestionável.

SEM TEMPO RUIM
É totalmente normal que centroavantes enfrentem jejuns de gols e passem por algumas fases em que a bola simplesmente não entra. Só que essas secas simplesmente não deram a cara na temporada de Lewandowski. O maior período sem balançar as redes do polonês em 2019/20 teve só dois jogos (contra Bayer Leverkusen e Borussia Mönchengladbach, entre o fim de novembro e o começo de dezembro). E isso aconteceu uma única vez em mais de 12 meses. Constância também foi o nome do astro do Bayern.