4 motivos para Messi ser eleito o melhor jogador do mundo

Ser eleito o melhor do mundo é a maior honraria individual que um jogador de futebol pode conquistar ao longo da carreira. Até por isso, é tão desejada pelos atletas que ocupam o primeiro escalão da modalidade e que acompanham apreensivamente os resultados da premiação anualmente.

Amanhã, quando a Fifa anunciar os vencedores do "The Best" 2020, dois dos finalistas já estarão escaldados.

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Afinal, o argentino Lionel Messi (Barcelona) é apenas o recordista da história das eleições da Fifa, com seis troféus. O português Cristiano Ronaldo (Juventus) não fica muito atrás e já levou o troféu para casa em cinco oportunidades.

Curiosamente, o favorito deste ano é o único que jamais subiu ao pódio. Quarto colocado em 2015, o polonês Robert Lewandowski (Bayern de Munique) é o nome mais cotado para receber a alcunha de melhor do mundo.

Desde ontem, o "Blog do Rafael Reis" está mostrando as armas de cada candidato para vencer o "The Best".

Depois de apresentar as razões pelas quais Cristiano Ronaldo merece ser escolhido como craque máximo do planeta na última temporada, hoje é o dia de fazer o mesmo com Messi. E, amanhã, a série chega ao fim com Lewandowsi.

Vale lembrar que a cerimônia deste ano será diferente. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, não haverá aquela luxuosa tradicional festa de premiação, e os vencedores serão anunciados virtualmente, pela internet.

4 motivos para Lionel Messi ser o melhor do mundo

BLOCO DO EU SOZINHO
Futebol é um esporte coletivo... ou pelo menos, deveria ser. Mas o Barcelona 2019/20 funcionava à base da individualidade de seu melhor jogador. A única estratégia da equipe catalã na temporada passada era algo na linha do "toca a bola para Messi e veja o que ele apronta". Mesmo com um time tão mal construído e carente de ideias, o camisa 10 conseguiu conduzir seus companheiros até as quartas de final da Liga dos Campeões e ficou a só cinco pontos de conquistar o título espanhol. Tudo bem que o final da temporada foi trágico, com 8 a 2 aplicado pelo Bayern de Munique, e a derrocada na liga nacional. Só que, se não fosse Messi, o cenário teria sido bem pior.

GARÇOM
Lewandowski e Cristiano Ronaldo podem até ter feito mais gols que Messi durante a temporada, mas o argentino foi muito melhor que eles em um outro quesito tão importante quanto balançar as redes: dar passes precisos para que seus companheiros marquem. Ao longo de 2019/20, o camisa 10 do Barcelona distribuiu nada menos que 27 assistências, quase o triplo do número de jogadas criadas por Lewandowski (dez) e praticamente o quádruplo dos passes perfeitos que saíram dos pés de CR7 (sete). No quesito "garçom", não há comparação entre Lionel e os outros finalistas do "The Best".

MATURIDADE
Messi passou a carreira toda ouvindo que era quieto demais, que seu sangue era exageradamente frio e que jamais seria um verdadeiro líder pela falta de capacidade de comunicação que demonstrava. Bem, toda essa imagem de quem sofre calado caiu por terra em 2019/20. Na última temporada, o camisa 10 peitou como nunca a diretoria do Barcelona, reclamou de tudo que considerava errado no Camp Nou, conseguiu derrubar o presidente Josep Bartomeu e ainda anunciou que buscará um novo clube para defender depois que seu contrato chegar ao fim, em julho.

ENTRETENIMENTO
Gols decidem partidas de futebol e campeonatos. Mas, quando se apaixona pela modalidade, o torcedor não se contenta apenas em ver a bola balançando as redes. Quem gosta de futebol, normalmente curte também dribles, passes milimétricos, lançamentos precisos e viradas de bola de deixar qualquer um boquiaberto. E, em níveis de entretenimento e espetáculo, Messi está bem acima de Lewandowski e Cristiano Ronaldo. Enquanto seus adversários no prêmio de melhor do mundo são finalizadores dos mais competentes, o camisa 10 do Barça é um showman completo, que entrega muito mais que gols para os seus admiradores.