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Rafael Reis

Por onde andam os vencedores do prêmio de melhor do mundo dos anos 90?

Romário, em ação pela seleção brasileira na Copa América de 1997 - Jose Miguel Gomez/Reuters
Romário, em ação pela seleção brasileira na Copa América de 1997 Imagem: Jose Miguel Gomez/Reuters

09/03/2020 04h00

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Eles fizeram gols decisivos, protagonizaram jogadas deslumbrantes, ajudaram seus times a conquistar os títulos mais importantes do planeta e acabaram recompensados com a maior honraria individual do futebol: foram eleitos o melhor do mundo.

Hoje, estão aposentados e vivem o futebol de uma forma completamente diferente daquela de quando eram eles reis do gramado e os ídolos da multidão que ama a modalidade.

O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo os paradeiros atuais de todos os jogadores que ganharam durante a década de 1990 o prêmio de melhor do planeta, entregue anualmente pela Fifa. Afinal, o que será que eles andam fazendo?

LOTHAR MATTHAÜS
Ex-meia
58 anos
Alemão
Melhor do mundo em 1991

Capitão da Alemanha Ocidental na conquista da Copa-1990, venceu o prêmio no ano seguinte e foi o primeiro jogador a ser escolhido como melhor do planeta pela Fifa. Foi treinador de resultados pouco expressivos entre 2001 e 2011 e chegou a ter uma passagem de dois meses pelo Athletico-PR, em 2006. Nos últimos anos, mudou de foco e tem se dedicado mais à função de comentarista esportivo —chegou a participar da cobertura da Sportv na Copa-2014.

MARCO VAN BASTEN
Ex-atacante
55 anos
Holandês
Melhor do mundo em 1992

Um dos atacantes mais técnicos que o planeta já viu, o holandês fez história no Milan e ganhou a eleição de 1992 depois de ajudar o clube a conquistar o título do Campeonato Italiano, o mais forte do planeta na época. Van Basten só não foi ainda maior devido aos inúmeros problemas físicos que minaram sua carreira e fizeram com que ele se aposentasse cedo, aos 31 anos. Desde então, o astro já fez muita coisa: foi técnico do Ajax, da seleção holandesa e de clubes menores, além de ter trabalhado como dirigente da Fifa.

ROBERTO BAGGIO
Ex-atacante
53 anos
Italiano
Melhor do mundo em 1993

O ex-jogador de Juventus, Milan e Inter de Milão chegou à Copa-1994 como melhor jogador do planeta e saiu do Mundial como vilão (para os italianos) depois de perder o último pênalti da decisão contra o Brasil. Baggio teve uma carreira bastante longa e só se aposentou em 2004, quando já tinha 37 anos. Depois de pendurar as chuteiras, trabalhou entre 2010 e 2013 na seleção italiana, virou uma espécie de embaixador informal do budismo e hoje se dedica principalmente a diferentes campanhas de caridade.

ROMÁRIO
Ex-atacante
54 anos
Brasileiro
Melhor do mundo em 1994

A conquista do tetracampeonato mundial fez de Romário o primeiro jogador brasileiro a vencer a eleição da Fifa de melhor do mundo. O ex-atacante, que já havia sido vice-campeão do prêmio em 1993, foi inquestionável no ano seguinte e ficou com o troféu. Um dos grandes da história recente do futebol, o Baixinho jogou profissionalmente até os 42 anos, mas não voltou a disputar o Mundial depois dos Estados Unidos-1994. Depois de ingressar na carreira política, Romário cumpre atualmente seu primeiro mandato como senador pelo Rio de Janeiro. Em 2018, ele disputou as eleições para o governo estadual, mas ficou apenas na quarta posição.

GEORGE WEAH
Ex-atacante
53 anos
Liberiano
Melhor do mundo em 1995

Único africano a vencer a eleição da Fifa, o ex-atacante foi também uma das maiores zebras da história do prêmio. Ídolo do Milan e do Paris Saint-Germain, Weah passou toda a carreira tentando levar a Libéria para a Copa do Mundo, algo que não conseguiu. Após se aposentar, resolveu entrar para a vida pública do país africano. Entre 2015 e 2018, ocupou uma cadeira no Senado. Dois anos atrás, venceu a eleição para presidente da Libéria. Weah também tem um filho (Timothy) que é atacante, passou pelo PSG e atualmente defende as cores do Lille e da seleção norte-americana.

RONALDO
Ex-atacante
43 anos
Brasileiro
Melhor do mundo em 1996 e 1997

Primeiro jogador a vencer duas eleições da Fifa, o Fenômeno ainda conquistaria um terceiro troféu de melhor do mundo na década seguinte. Nove anos depois de se aposentar dos gramados, o ex-atacante de Barcelona, Real Madrid, Inter de Milão e Milan, entre outros, ainda continua com seu nome fortemente vinculado ao mundo do futebol. Depois de ter sido dono de uma agência de marketing esportivo e ter trabalhado durante anos como comentarista da TV Globo em jogos da seleção, ele atualmente é o acionista majoritário do Valladolid, time da parte de baixo da tabela da primeira divisão do Campeonato Espanhol.

ZINÉDINE ZIDANE
Ex-meia
47 anos
Francês
Melhor do mundo em 1998 e 2000

Algoz do Brasil na final da Copa-1998, o meia foi eleito o melhor do planeta depois de dar à França seu primeiro título mundial e repetiu a dose dois anos depois, quando conquistou a Eurocopa. Assim como Ronaldo, Zidane ainda seria tricampeão do prêmio já depois da virada do século. Quase 15 anos depois de se aposentar no Real Madrid, e Zidane está hoje sentado no banco de reservas do clube onde viveu seus melhores dias. O francês está em sua segunda passagem como treinador da equipe merengue. Na primeira, de 2016 a 2018, faturou o tricampeonato da Liga dos Campeões. Já na atual, só faturou uma Supercopa da Espanha até o momento.

RIVALDO
Ex-meia
47 anos
Brasileiro
Melhor do mundo em 1999

O mais discreto dos brasileiros que foram eleitos como melhores do mundo, Rivaldo ganhou o prêmio em 1999, época em que vivia o auge da sua carreira no Barcelona. O ex-meia é mais um caso de jogador de sucesso que estendeu bastante sua carreira e atuou profissionalmente até os 43 anos. Rivaldo chegou a ser presidente do Mogi Mirim, time que o projetou nacionalmente, e tem um filho de mesmo nome que atua no futebol da Romênia - Rivaldinho joga no Viitorul, onde é treinado por outra lenda do Barça, o ex-meia Gheorghe Hagi.