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Rafael Reis

Técnicos argentinos são o triplo dos brasileiros na Libertadores 2020

Tiago Nunes comanda o Corinthians durante jogo contra o New York City pela Florida Cup - Rafael Ribeiro/Divulgação
Tiago Nunes comanda o Corinthians durante jogo contra o New York City pela Florida Cup Imagem: Rafael Ribeiro/Divulgação

21/01/2020 04h00

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Se os treinadores brasileiros andam em baixa até mesmo dentro do mercado nacional e vêm sendo eclipsados pelo sucesso de estrangeiros, imaginem o que está acontecendo no contexto internacional...

A Copa Libertadores da América começa hoje com os técnicos representantes do futebol pentacampeão mundial em pequeno número e quase se transformando em uma espécie ameaçada de extinção.

Apesar de ser a nação com mais times (oito, de um total de 47 participantes), o Brasil tem menos treinadores trabalhando na principal competição interclubes que o Uruguai, que conta com só quatro equipes. Além disso, tem menos de um terço da quantidade de comandantes vindos da Argentina.

Só cinco brasileiros estão à frente de times que disputarão a Libertadores em 2020: Dorival Júnior (Athletico Paranaense), Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras), Renato Gaúcho (Grêmio), Fernando Diniz (São Paulo) e Tiago Nunes (Corinthians).

Outras três equipes do país aderiram à onda dos treinadores gringos: o Flamengo manteve o português Jorge Jesus, campeão no ano passado. O Santos contratou o também luso Jesualdo Ferreira, e o Internacional acertou com o argentino Eduardo Coudet.

Desta vez, nenhum time vindo de outro país resolveu entregar seu comando a mãos brasileiras. Alexandre Guimarães, que dirige o colombiano América de Cali, até nasceu em Maceió (AL), mas se naturalizou costarriquenho há 35 anos e construiu carreira na América Central.

A situação é bem diferente da vivida pela Argentina, a escola de treinadores mais badalada e empregada da Libertadores. Nada menos que 16 compatriotas de Lionel Messi estarão nos bancos de reservas do torneio deste ano.

Para começar, todos os seis clubes argentinos na disputa do título continental são comandados por técnicos locais, com destaque para Marcello Gallardo, que já levantou a taça duas vezes com o River Plate e foi vice em 2019.

Seis dos outros nove países participantes da competição contam com pelo menos um time treinado por argentino. Colômbia, Peru e Uruguai são as exceções a essa regra que movimenta o futebol sul-americano.

Das últimas seis edições da Libertadores, apenas uma foi vencida por um técnico brasileiro (Renato Gaúcho ganhou com o Grêmio em 2017). Houve ainda três títulos conquistados por argentinos, um por colombiano e outro por português.

A fase preliminar tem início hoje, com o confronto entre Carabobo e Universitario, na Venezuela. Amanhã, outros dois jogos encerram a primeira rodada da etapa inaugural: San José x Guaraní, na Bolívia, e Progresso x Barcelona de Guayaquil, no Uruguai.

Dois clubes brasileiros participarão dos mata-matas que definirão os últimos integrantes da fase de grupos, mas eles só entram na próxima rodada. O Internacional irá enfrentar a Universidad de Chile, enquanto o Corinthians terá San José ou Guaraní como adversário.

A etapa principal da competição continental começa só daqui a três meses, no dia 21 de abril. A final desta edição está prevista para 21 de novembro e será disputada no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Técnicos da Libertadores 2020 (por país)

Argentina: 16
Uruguai: 8
Brasil: 5
Chile e Venezuela: 3
Espanha, Paraguai, Portugal e Peru: 2
Bolívia, Colômbia, Costa Rica e Equador: 1

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