São Paulo de Zubeldía não tem nada de Carpini
Quando o São Paulo abriu o placar no gramado pesado, e soltando tufos a cada pisada, do estádio Monumental de Guayaquil, uma pergunta se impunha: o carisma de Luis Zubeldía, 43, bastou para dar a força que o time de Thiago Carpini, 39, não apresentava?
Porque o São Paulo dominava o Barcelona como se jogasse no Morumbi até que Ferreirinha pôs a bola na cabeça de Calleri, aos 16 minutos, para fazer 1 a 0.
A atuação do time tricolor beirava à perfeição até que os equatorianos começaram a empurrá-lo para sua área em busca do empate e conseguiram algumas vezes deixá-lo em apuros.
Nada dramático, mas suficiente para que, no intervalo, o treinador estreante alertasse sobre a necessidade de voltar a se impor na casa do adversário.
Antes do segundo minuto do segundo tempo o São Paulo teve a chance do segundo gol, mas Luciano deu muito forte o passe para Calleri que não chegou em tempo.
A resposta veio imediatamente e, por duas vezes, antes do quarto minuto, Rafael salvou o empate.
Sim, o jogo pegou fogo, técnica e emocionalmente, muito mais pegado.
Ferreirinha infernizava a defesa, mas, aos 57, saiu machucado, trocado por Michel Araújo, uma pena, porque o ex-gremista era arma importante para os contra-ataques são-paulinos, dados os espaços oferecidos pelo maior ímpeto do Barcelona.
E foi num rebu na área equatoriana que Alisson limpou a jogada pela esquerda e arrematou forte para ampliar, 2 a 0, aos 64, em belíssimo gol.
Daí em diante, apesar da inconformidade dos derrotados, o São Paulo administrou bem a vantagem e até esteve mais perto de ampliar do que de sofrer gols, fruto também das trocas bem feitas por Zubeldía, quesito em que Carpini errava demais.
A velha discussão sobre de quanto tempo um treinador precisa para mudar um time ganha novo ingrediente, porque o São Paulo mudou 180° comparado ao time de Carpini.
Reportagem
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