Ataque ia bem, a defesa muito mal, e Brasil só empata
Na defesa, duas bobeadas brasileiras quase resultaram em dois gols venezuelanos.
A primeira de Bruno Guimarães, que Ederson salvou.
A segunda do próprio Ederson, que ele também salvou.
O entusiasmo da Vinho Tinto logo foi congelado pela seleção brasileira, que falhava atrás e brilhava na frente.
Raphinha perdeu dois gols, um ao chutar por cima em jogada de Vini, outra ao perder a chance de cabecear uma bola lançada por Bruno Guimarães.
Vini acertou a trave em jogadaça com Savinho.
No rebote Gerson, que já tinha dado arremate rente ao travessão, acertou um tirambaço bem defendido pelo goleiro.
Na batata, sob o critério de construção, era para estar 2 a 0 para o Brasil aos 22 minutos.
Aos 36, o assoprador de apito aliviou a barra de Vanderson que deveria ter sido expulso por entrada maluca e ficou no amarelo.
Surpreendeu, porque no começo do jogo o assoprador interrompeu promissor contra-ataque brasileiro para marcar impedimento vencido venezuelano e parecia fazer arbitragem caseira.
Aos 39, Savinho teve a chance de abrir o placar, mas a zaga salvou.
Do meio para frente a Seleção tirava 8 com louvor; do meio para trás 4,5, com preocupação.
Aos 42, Raphinha se redimiu no quesito fazer gols, porque de resto atuava bem.
Bateu falta, cometida em Bruno Guimarães na entrada da área pela esquerda, com precisão, e fez tabelinha na trave para decretar o primeiro gol do jogo: 1 a 0 e era pouco.
Um caloroso silêncio recaiu sobre o lotado Monumental de Maturín.
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OLHAR APURADO
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Quero receberAos 46, nova falha da defesa e Rondon quase empatou não fosse a intervenção de Ederson, em bola em cima dele.
Quer dizer, a defesa fazia questão de desfazer o que o ataque criava.
E assim continuou no segundo tempo.
Com menos de 40 segundos, Segovia, livre leve e solto na entrada da área soltou a bomba e empatou: 1 a 1, ao receber de Savarino, também livre, como pivô.
Pronto!
O que estava fácil ficou difícil e reacendeu o estádio.
Vini seguia com o diabo no corpo.
A Venezuela tomou conta do jogo e, vamos combinar, por mais que as coisas tenham mudado no mundo da bola, ser dominado por ela é dose.
Mas, aos 13 minutos, o goleiro Romo derrubou Vini na área, o assoprador marcou fora e o VAR determinou o pênalti.
Vini bateu mal, Romo defendeu bem e Vini ainda perdeu o rebote ao bater de primeira quando poderia ter matado a bola e feito o gol. Uma atuação excelente recebia alto desconto.
Aí Dorival Júnior chamou Luiz Henrique, tudo bem, e Lucas Paquetá, tudo mal. Saíram Savinho e Igor Jesus.
O corintiano Martínez se machucou e o santista Rincón o substituiu, tudo na metade do segundo tempo.
Aos 25, Luiz Henrique deu o 2 a 1 para Vini que preferiu buscar Raphinha em vez de chutar e desperdiçou.
O ponta do Botafogo mudou a cara do jogo novamente a favor do Brasil. Bola nele era perigo de gol.
Aos 34, a bola furou. Em seguida Martinelli entrou no lugar de Bruno Guimarães.
Paquetá mais errava que acertava, a entrada dele no lugar de Igor Jesus foi erro grave e Martinelli entrou para tentar corrigir.
Aos 44, González foi expulso por acertar a cara de Martinelli e reagir com outro tapa em Vini ao reagir a pequeno empurrão.
Estêvão substituiu Abner para jogar os cinco minutos de acréscimos, 11 x 10.
De repente, aos 48, a irrigação do gramado foi ligada. Ordem de Nicolás Maduro?
Vergonha!
Como em Cuiabá, 1 a 1. Outra vergonha.
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