Diniz FC: Uma grife nada elegante com desempenho assustador
POR ALMIR MOURA*
O Cruzeiro pode até ser campeão da Sul-americana daqui a duas semanas.
E por linhas tortas, tudo terminar muito bem para a raposa.
Com atmosfera azul de final feliz.
Com objetivos e sonhos atingidos:
Retorno à Libertadores, e a uma eventual Recopa Apoteótica diante do maior rival.
O que seria Fenomenal.
Ronaldo à parte,
Futebol tem dessas, pode acontecer.
Apesar dos pesares, da atual péssima fase, e de uma auto-sabotagem vinda de cima, do presidente, sobretudo.
O atual, não o ex.
Que de forma desrespeitosa e nada sagaz, interrompeu um trabalho extremamente promissor em busca de uma grife.
Trocou um Fernando pelo outro.
Um não esculpido, mas precioso, por um que faz valer o ditado: nem tudo que reluz é ouro.
Permutou o Seabra, o "Patinho Feio" - com performance de time do G6, mas sem ser, digamos, uma "etiqueta de marca".
Pelo Diniz, o "Cruyff Brasileiro" -com desempenho de Z4, mas salvaguardando a Grife, a Marca, a Etiqueta.
Para se ter uma ideia da diferença brutal de rendimento entre os Fernandos:
O mais modesto, o Seabra, em pouco mais de cinco meses, comandou o Cruzeiro em 35 jogos, com 17 vitórias, 10 derrotas e 8 empates.
Com notáveis 56,19 por cento de aproveitamento.
Com esse percentual estaria na luta pelo G4 do Brasileirão.
Já o Diniz, o revolucionário tão badalado - possui apenas uma vitória em 16 jogos no Campeonato Brasileiro da atual edição.
Somando Fluminense e Cruzeiro.
São míseros 8 pontos ganhos em 48 disputados.
10 derrotas e 4 empates.
E repito: apenas 1 vitória.
Desempenho catastrófico de 16,66% de pontos ganhos.
Para efeito de comparação, o Guarani, lanterna da Série B, tem aproveitamento de 29,5% dos pontos disputados.
Ou seja, muito superior ao do Diniz FC.
O Atlético Goianiense, virtual rebaixado, e lanterna da Série A, pasmem, tem rendimento de 26%
Também, acima da performance "Diniz FC".
Do "Arrogância FC", do "Cruyff Tupiniquim FC", ou como prefiram chamar.
Já caminhando para o fim, deste martírio textual: se Diniz FC fosse um time no Brasileirão, não apenas estaria no Z4, seria o lanterna com louvor.
Sorte do Cruzeiro, e graças ao Seabra, e ao grupo modesto de jogadores do início do campeonato, o time não luta contra o Z4, e de quebra ainda pode ser campeão da Sul-americana.
Apesar das pataquadas do seu presidente.
Apesar da grife, dos caprichos, da etiqueta.
Apesar do Diniz.
O "Cruyff Brasileiro".
* Almir Moura é baiano de Rodelas, pai de Juan e Mari, progressista, são-paulino e professor.
Opinião
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14 comentários
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Jose Ricardo da Silva Souza
No mundo do futebol basta fazer um bom trabalho que a grife se encarrega do resto. Sempre os mesmos treinadores ultrapassados ou metidos a revolucionários ganhando muita grana por trabalhar ridículos. Se fossem trabalhadores comuns seriam mandados embora sem direitos mas no futebol ainda ganham por quebra contratual apesar da incompetência. Grande negócio ser enganador de futebol no Brasil.
Fernando Aguilera Godoi Junior
Parece que o trump escolheu uma mulher para um cargo somente ocupado por homens até hoje... e agora hein? Zzzzzzzzz
Marco Ant Nio Mendes Castilho J Nior
Tenho enorme respeito por você. Mas está equivocado, ou melhor, incompleto. Análise de quem não vê os jogos. O Fernando Seabra começou bem. Mas a queda de rendimento foi assustadora. O time não estava jogando nada. A mudança era necessária. O problema foi a escolha. Diniz é muito melhor que Seabra. Mas leva tempo para moldar seu esquema. Para fazer os jogadores se engajarem. E no caso atual, tem resistências nem tanto veladas no elenco. Resumindo: ele é melhor, mas está sendo boicotado. Vai dar certo. Mas não esse ano. Tudo agora depende do que teremos dia 23/11.