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Olhar Olímpico

Thiago Braz é bronze e vê sueco bater recorde da Diamond League

Thiago Braz defendendo o Pinheiros - Ricardo Bufolin/ECP
Thiago Braz defendendo o Pinheiros Imagem: Ricardo Bufolin/ECP

02/09/2020 16h38

As ruas de Lausanne, na Suíça, viram hoje (2) mais um show do sueco Armand Duplantis, nova estrela do atletismo. O garoto de apenas 20 anos não teve grande dificuldades para bater o recorde da Diamond League no salto com vara, ultrapassando o sarrafo a 6,07m e se tornando o segundo melhor da história. O brasileiro Thiago Braz foi terceiro colocado, com 5,72m, no melhor resultado da temporada para ele.

A prova desta quarta, em uma etapa da Diamond realizada na rua, apenas com disputas de salto com vara, foi uma das mais fortes de todos os tempos e teve o campeão olímpico como um coadjuvante de luxo. Duplantis acertou seus seis saltos até superar 6,07m de primeira. Depois, ele falhou tentando 6,15m, que seria recorde mundial.

O norte-americano Sam Kendricks também passou 6,02m e seguiu para 6,07m, o que obrigou Duplantis a saltar essa altura. Até aqui, o sueco vinha abdicando de subir o sarrafo de cinco em cinco centímetros, partindo direto para tentar o recorde mundial depois de assegurar as vitórias nas provas.

Não que faça muita diferença para Duplantis, mas agora ele é o segundo melhor da história ao ar livre, superando exatamente Kendricks, que tem 6,06m. Acima dele, só Serguey Bubka, que, primeiro pela União Soviética e depois pela Ucrânia, fez saltos de 6,07m, 6,08m, etc, até o recorde de 6,14m, que parece questão de tempo, talvez dias, para ser batido após 26 anos. No indoor, Duplantis já é recordista mundial. Saltou primeiro 6,17m e, depois, 6,18m, em fevereiro, antes da pandemia.

Thiago Braz, que ganhou o ouro olímpico com 6,03m, recorde olímpico, tem assistido a tudo isso como coadjuvante. Hoje ele saltou a 5,72m, melhor marca da temporada até aqui, mas muito distante dos dois primeiros colocados. Kendricks, aliás, saltou acima de 6,00m pela segunda vez na carreira, apenas. Longe do que fazia nos velhos tempos, o francês Renaud Lavillenie, terceiro do ranking de todos os tempos, ficou em quarto em Lausanne.

Na prova feminina, Suécia e Brasil dividiram o alto do pódio. É que a vitória foi de Angelica Bengtsson, sueca que é filha de mãe brasileira. Ela saltou 4,72m, em uma prova sem as estrelas da modalidade.