Ótimo início de temporada põe Piu na briga por ouro olímpico
O ranking mundial dos 400m com barreiras tem mais de 30 atletas, do segundo lugar adiante, separados pela mesma vantagem, de 1s09, que Alison 'Piu' dos Santos, tem na liderança, sobre o segundo colocado. Um início de temporada que anima pensando na Olimpíada.
É verdade que a etapa de Doha da Diamond League, na sexta-feira (10), foi só a primeira competição relevante do ano a reunir parte dos melhores do mundo dos 400m com barreiras. É comecinho de temporada, e muita coisa vai acontecer daqui até Paris.
Mas o fato de o desempenho extraordinário de Piu ter vindo agora joga a favor do brasileiro. Ninguém nunca havia corrido tão rápido tão cedo no ano. Fazer 46s86 agora eleva bastante o sarrafo que os melhores do mundo vão ter que alcançar para competir com Piu na hora que for para valer.
Neste nível competitivo, as melhores performances costumam acontecer nas competições alvo, ou perto delas. Normalmente, Mundial e Olimpíada. É assim em qualquer prova. Nos 400m rasos, por exemplo, só uma das 15 melhores marcas da história foi feita em junho.
Mas há outro ponto (muito) positivo para Piu: a exibição dele foi de 1.291 pontos na tabela da World Athetics que compara resultados de todas as provas do atletismo. Em diversas provas, seria muito perto do recorde mundial. Nos 110m com barreiras, seria a terceira melhor da história.
Só que os 400m com barreiras vivem momento extraordinário, desde os Jogos de Tóquio, e os 46s86 não servirão de nada em Paris. Dificilmente alguém irá ao pódio com a 15ª melhor marca da história. A briga será um tanto abaixo, e deverá envolver Piu, Karsten Warholm, Rai Benjamin e Kyron McMaster.
Warholm, norueguês que já correu oito vezes na casa de 46 segundos e tem o recorde mundial, segue sendo o cara a ser batido em Paris, mas agora vê Alison grandão no retrovisor. O europeu ainda não abriu a temporada outdoor — foi prata nos 400m rasos em pista curta no Mundial Indoor, em março.
Opinião
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