CBDA recusa pedido de gaúchos para cancelar etapa de águas abertas
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) recusou pedido formalizado pelo Grêmio Naútico União (GNU) para que a etapa de Fortaleza (CE), no início de junho, não conte para o ranking nacional de águas abertas. Os atletas gaúchos estão com dificuldade de sair do Rio Grande do Sul, e não há previsão de reabertura do aeroporto Salgado Filho.
O pedido é assinado por Viviane Jungblut, atleta do GNU classificada à Olimpíada nas águas abertas e que tem sido o principal nome das competições nacionais, uma vez que Ana Marcela Cunha vive na Itália e compete com mais regularidade no exterior.
No pedido, endereçado ao presidente da CBDA Luiz Fernando Coelho, Vivi solicita que a etapa do Brasileiro Interclubes de Águas Abertas "seja cancelada ou adiada, de forma que todos os atletas tenham as mesmas condições e direitos".
"Estamos enfrentando uma situação bem complicada, inclusive com dificuldade de locomoção, que impossibilitou a participação de toda a nossa equipe no Troféu Brasil, além também do adiamento do Sul Brasileiro Infantojuvenil de Natação", argumentou.
O pedido foi recusado. Na resposta, a CBDA disse que trabalha para auxiliar atletas e clubes afetados, mas que não pode prejudicar outros atletas e clubes. "Não há possibilidade de cancelamento da próxima etapa do calendário nacional de Águas Abertas, tão pouco a possibilidade desta etapa não contar pontos para o ranking nacional, pois isso impactaria em processos eletivos para os diversos tipos de bolsas atletas", alegou a confederação.
O pedido do GNU visa exatamente que o clube não seja prejudicado nesse ranking, fundamental para a obtenção de recursos públicos. No ano passado, o GNU venceu o Campeonato Brasileiro Interclubes, e por isso fez jus a uma fatia maior da distribuição de recursos do Comitê Brasileiro de Clubes. Por atletas, ao menos duas atletas do clube gaúcho têm direito à Bolsa Atleta, este ano, pelo ranking do ano passado.
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