Andrey Lopes melhora Palmeiras de Luxa em cinco jogos e devolve confiança

Andrey Lopes fechou com chave de ouro o seu trabalho de transição como treinador interino do Palmeiras. Com a vitória de hoje (2) por 3 a 0 em cima do Atlético-MG, ele entrega para Abel Ferreira, que assistiu a tudo nos camarotes do Allianz Parque, uma equipe melhor do que a pegou das mãos de Vanderlei Luxemburgo.

Comandado pelo "Cebola", o Alviverde venceu quatro e perdeu apenas uma. Mais do que os 80% de aproveitamento, o time voltou a apresentar uma segurança defensiva mais parecida com o início da trajetória de Vanderlei Luxemburgo. Foram 14 gols marcados e apenas três sofridos.

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Houve uma evolução tática, que naturalmente ainda precisa continuar, mas há exemplos que mostram que o time pode produzir muito mais do que fazia sob o comando do antigo treinador. O gol de Raphael Veiga que abriu o placar contra o time de Sampaoli é um deles. Os outros dois também foram frutos de um contra-ataque muito encaixado, item raro nesta temporada.

Os pontos conquistados, obviamente, foram importantes, mas o fundamental para esse período de transição foi a recuperação da confiança. O time se mostrava inseguro e nervoso na reta final de Luxemburgo.

Exemplos não faltam. Rony fez gol, Wesley foi muito bem nas chances que recebeu, Raphael Veiga finalmente mostrou apresentações seguras, assim como Zé Rafael, e até mesmo a volta de Felipe Melo para o meio-campo deu certo. Patrick de Paula, que já apresentava queda de rendimento, foi para a reserva e não deixou saudades.

A mudança na confiança é fundamental para que Abel Ferreira consiga desenvolver seu início de trabalho com mais tranquilidade, especialmente para mudar o estilo de jogo, o desejo da nova comissão técnica e da diretoria.

A melhora da confiança também faz o Palmeiras demonstrar muito mais vontade dentro de campo. Nas suas apresentações contra São Paulo e Coritiba, chamou a atenção o espírito de conformismo da equipe. Esse problema se repetiu contra o Fortaleza, já sob o comando de Andrey, mas desapareceu nas partidas seguintes.

O fundamental agora é que o português tenha um respaldo que quase nenhum treinador do país tem, sendo mantido mesmo em caso de oscilações que são absolutamente normais durante a mudança do estilo de jogo pretendido por ele.