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Bala na Cesta

Seis motivos para você não perder a série sobre Michael Jordan e o Bulls

11.jun.1997 - Debilitado por forte virose, Michael Jordan deixa a quadra amparado por Scottie Pippen ao brilhar nas finais da NBA contra o Utah Jazz - AP Photo/Tom Cruze
11.jun.1997 - Debilitado por forte virose, Michael Jordan deixa a quadra amparado por Scottie Pippen ao brilhar nas finais da NBA contra o Utah Jazz Imagem: AP Photo/Tom Cruze

20/04/2020 05h00

Como disse aqui ontem, já está disponível na Netflix "Arremesso Final", série sobre a última temporada de Michael Jordan em Chicago (1997/1998). O que faz do material ser tão aguardado pelo fã de esporte? Abaixo alguns motivos que transformam "Last Dance", nome original, em um material imperdível.

1) Tempo de espera -> Como disse neste domingo, o material ficou "escondido" e guardado por quase 20 anos até que um executivo da ESPN conseguiu convencer Michael Jordan de que divulgar a série seria fantástico. Acho que nunca houve um tempo tão grande entre a produção de um filme e sua divulgação.

2) O melhor time de todos os tempos -> O segundo tricampeonato do Chicago Bulls (96, 97 e 98) colocou em quadra três Hall da Fama (Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman), um dos melhores técnicos de todos os tempos (Phil Jackson), dois jogadores excepcionais (Toni Kukoc e Ron Harper), além de personagens muito ricos como Steve Kerr, hoje técnico do Golden State Warriors. Além dos títulos, aquela equipe conseguiu 72, 69 e 62 vitórias, algo estrondoso. É o melhor time que eu vi jogar - e me arrisco a dizer que o melhor de todos os tempos também.

3) Michael Jordan revelado em vídeo -> Michael Jordan nunca foi de falar muito, nunca escreveu uma biografia, de seu punho, em que revelasse coisas incríveis de bastidores e isso sempre fez com que seu mito ficasse potencializado. Havia uma aura de mistério em torno dele, embora os livros a seu respeito estejam por aí aos montes. A série, porém, mostra o Jordan no dia a dia, o camisa 23 que cobrava seus companheiros com fervor nos treinamentos e que era um alucinado por treinamentos. Vê-lo assim quase que em um Big Brother filmado será diferente.

4) Nunca houve nada igual -> Depois do Bulls de Jordan houve alguns timaços na NBA. O Lakers de Shaq e Kobe. O Spurs de Duncan, Ginóbili e Parker. O Miami de LeBron, Wade e Bosh. O Warriors de Curry, Thompson, Durant e Green. E muitos outros. A turma mais ansiosa sempre tenta colocar estas grandes equipes no mesmo patamar do Chicago tricampeão em 96, 97 e 98. Como a série mistura imagens de bastidores com entrevistas e momentos das partidas vai dar pra colocar bem o pingo nos is nesta (vazia) discussão. Nunca houve ninguém como Michael Jordan como atleta de basquete (nem perto, viu...). Nunca houve nada igual ao Bulls do segundo tricampeonato tanto por sua parte técnica tanto na complexidade de seus personagens (nem antes e nem depois disso).

5) Os conflitos internos revelados -> Como disse acima, o elenco do Chicago neste segundo tricampeonato contava com uma mistura, em termos de personalidade, interessante - e explosiva. Um "maluco" como Dennis Rodman, um tímido-e-enciumado Pippen, o melhor de todos os tempos (Jordan), um estrangeiro que MJ e Pippen odiavam (Kukoc), um técnico que pedia para seus atletas meditarem antes de treinos e jogos (Phil Jackson) e jogadores em busca de espaço (Kerr, por exemplo). Esse liquidificador de personalidades gerou uma série de conflitos internos (alguns já revelados), mas que serão retratados na série (espero!)

6) Nostalgia brasileira -> Pra nós, brasileiros, há um quê de nostalgia, saudade. Foi na década de 90 que a NBA chegou aqui - e seu maior nome era o Chicago Bulls. Michael Jordan foi ídolo e referência de grande parte dos novos fãs de basquete por aqui justamente por conta das transmissões da Band com Luciano do Valle e Alvaro José. A NBA globalizada como vemos atualmente começou, pra gente, com Jordan e os Bulls vencendo um campeonato atrás do outro.

Vai perder? Não, né?