Carro vai virar "shopping sobre rodas" e marcas já pensam em como faturar

Condução autônoma permitirá que passageiros façam muitas coisas a bordo, inclusive comprar. GM deu o primeiro passo
Um debate interessante começa a tomar corpo nos Estados Unidos na medida em que avançam as pesquisas para chegar ao almejado nível quatro de carros autônomos.
Ainda se desconhece quando essa tecnologia estará suficientemente desenvolvida e todo o arcabouço jurídico montado para permitir a um automóvel se autoguiar. Cinco anos para os otimistas e 10 anos para os realistas são as previsões mais recorrentes.
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Paira, porém, outra dúvida. Esse recurso estará mais difundido em veículos puramente elétricos ou em híbridos plugáveis? A resposta parece estimular discussões, segundo artigo de publicação recente no site americano The Verge.
Ocorre que os fabricantes de veículos e os de equipamentos e programas de computador concluíram que a automação é responsável por consumir grande quantidade de energia elétrica dos veículos.
Isso pode implicar escolhas a partir de agora. O veículo apenas com motor a combustão está livre de limitações. Outro, exclusivamente elétrico e que deve rodar bastante em vários serviços para poder pagar os custos, teria sua autonomia diária reduzida em pelo menos um terço.
Aí entraria a opção pelo híbrido, que associa motor elétrico e convencional. São mais baratos que o elétrico puro e suportariam melhor a demanda de energia da parafernália eletrônica.
Do ponto de vista exclusivamente econômico, a opção pelo híbrido parece a mais rentável e prática. Carros autônomos podem se tornar um grande negócio tanto para transporte de pessoas como de mercadorias. Claro, a opção elétrica iria gerar menos poluição localizada, porém se houver limitações de uso e reabastecimento lento a prática comercial ficaria comprometida.
Carro se guia, passageiros compram
Enquanto se discute, desde já, a aplicação comercial de veículos autônomos, a utilização por motoristas comuns no seu dia a dia abrirá outras possibilidades.
Uma delas começa a sair da toca de mansinho, nos tempos atuais de nível dois e, um pouco mais adiante, de nível três de automação (neste caso, uma intervenção eventual no volante pode tornar-se necessária). A General Motors, nos EUA, passou a oferecer compras a bordo do carro por meio do sistema multimídia comandado por voz.
Estaria, assim, aberta nova fonte de receita para os fabricantes, pois com o tempo motoristas e ocupantes iriam além de apenas encomendar pizza, comprar ingresso ou fazer reserva em restaurante. No nível quatro de automação, o ambiente interno do carro seria equivalente ao de um escritório com todas as possibilidades e interações de um computador de tela grande e alta resolução.
De outro lado, veículos autônomos deixam tempo livre a ser preenchido por diversas funções, de lazer a culturais, durante o tempo de deslocamento. Por isso mesmo a Renault anunciou, na Europa, poucos dias atrás, a aquisição de 40% do capital de uma editora na França que publica cinco revistas.
Segundo o comunicado distribuído pela marca francesa, os motoristas europeus gastam, em média, cerca de duas horas por dia em deslocamentos casa-trabalho-casa.
Com o desenvolvimento de automóveis conectados e de tecnologia autônoma, novas possibilidades de negócios surgem e, entre essas alternativas, está não apenas trabalhar a bordo, mas um pouco de diversão também.
Roda Viva
+Câmbio CVT do Honda Fit 2018 EXL melhorou sua economia de combustível e as respostas ao acelerador estão menos “frias”. Retoques de estilo, para-choque traseiro que (agora) protege mais a tampa do porta-malas, faróis e luzes diurnas em LED e sistema multimídia fácil de usar destacam-se. Continua ausente regulagem de altura do banco do motorista.
+Grupo SHC continua a apostar em negociações para contornar o imbróglio jurídico e afinal montar fábrica da chinesa JAC no Brasil. Acertou agora com o governo goiano e, tudo indica, utilizará instalações em Itumbiara, onde antes o Grupo HPE montava o Suzuki Jimny (agora em Catalão, GO). T40 está confirmado para 2019 e, em seguida T50. Investimento: R$ 200 milhões.
+Dona do aplicativo em que caroneiros ajudam nas despesas do motorista em viagens rodoviárias, a filial da francesa BlaBlaCar planeja, até meados de 2018, começar a gerar receita aqui. Segundo Ricardo Leite, executivo no Brasil, a fórmula ainda está em estudos. Na França custa 13% para cada caroneiro. Alternativa seria assinatura ou passe flexível pelo serviço.
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