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Sonambulismo: por que não deixar chaves na fechadura durante a noite

Getty Images/iStockphoto Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para VivaBem*

28/04/2025 14h34

Para quem tem sonambulismo, um simples hábito como deixar a chave na fechadura pode ser perigoso. Durante o sono, uma pessoa com a condição pode agir de forma automática, como se levantar, destrancar a porta e sair de casa, sem sequer perceber. Logo, esse tipo de situação pode levar a inconvenientes com vizinhos (ainda mais em prédios), acidentes ou até mesmo colocar a segurança do sonâmbulo e de outras pessoas em risco.

No sonambulismo, o corpo entra em movimento enquanto o cérebro ainda está parcialmente adormecido. Durante esses episódios, a pessoa pode agir como se estivesse desperta, mas na verdade continua em um estado de sono profundo.

Segundo o Instituto do Sono, os sinais mais comuns desse distúrbio incluem:

Sentar-se na cama com os olhos abertos, porém sem consciência real do ambiente;

Olhar vago, como se estivesse "desligado";

Levantar-se da cama e andar pelo quarto ou pela casa;

Abrir portas e se deslocar para outros cômodos;

Repetir ações do cotidiano, como arrumar objetos;

Não reagir quando alguém tenta interagir;

Falar frases desconexas ou sem sentido;

Pegar e deixar cair objetos;

Acordar sem nenhuma lembrança do que aconteceu;

Ficar confuso ou desorientado se for despertado no meio do episódio.

Apesar de não comprometer diretamente a qualidade do sono a longo prazo, o sonambulismo pode provocar cansaço durante o dia se os episódios forem frequentes e interromperem o descanso noturno.

Essa condição é mais observada em crianças e tende a desaparecer com o tempo. No entanto, como não existe cura, é importante procurar ajuda médica se os episódios se tornarem recorrentes. O tratamento foca em identificar e controlar os fatores que desencadeiam o problema.

Como agir? Devo acordar a pessoa?

Imagem: Getty Images

Apesar do senso comum, acordar um sonâmbulo não representa um grande perigo, como muitos acreditam. A ideia de que isso poderia provocar um infarto, por exemplo, é um mito. O que pode acontecer, no entanto, é a pessoa ficar desorientada ao despertar em um ambiente diferente daquele em que adormeceu.

A recomendação dos especialistas é agir com calma e cuidado: ao invés de um despertar brusco, o ideal é guiar a pessoa de volta à cama com delicadeza, preservando sua segurança. Mas, se ela estiver em risco (próxima a escadas, objetos cortantes ou tentando sair de casa), acordá-la se torna necessário. Nesses casos, prefira um toque suave e voz tranquila, evitando sustos.

Para quem convive com essa condição, adaptar o ambiente é essencial. Algumas medidas úteis incluem:

Trancar portas e janelas antes de dormir;

Guardar chaves fora do alcance;

Instalar proteções em janelas e sacadas;

Remover móveis ou obstáculos do caminho;

Guardar objetos perigosos, como facas e ferramentas.

Episódios frequentes de sonambulismo podem estar ligados a condições como apneia do sono ou refluxo gastroesofágico. Em alguns casos, medicações específicas indicadas por um médico também podem ajudar no controle do distúrbio.

*Com informações de reportagens publicadas em 05/04/2016 e 24/02/2024


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