Topo

Esfoliação química ou física: qual é a melhor opção para a sua pele?

Esfoliação em excesso pode sensibilizar o rosto - Getty Images
Esfoliação em excesso pode sensibilizar o rosto Imagem: Getty Images

Karina Hollo

Colaboração para Universa

26/07/2021 04h00

A esfoliação, dentro da rotina de cuidados com a pele, tem a função de eliminar células mortas e melhorar a textura geral. Assim, revelaria um rosto radiante. "Antes dos 20 anos, as células da pele se renovam a cada 28 dias. A partir de então, essa velocidade diminui — entre 30 e 40 anos. ela é de cerca de 40 dias. Dessa forma, as células mortas se acumulam, dando ao rosto um aspecto pouco viçoso", explica a dermatologista Juliana Piquet, do Rio de Janeiro.

Porém, na prática, ela anda no centro de uma polêmica, pois alguns dermatologistas têm desaconselhado o procedimento em razão do excesso de atrito. Por outro lado, há alternativas para a renovação da pele sem que a manipulação física seja necessária. Saiba mais a seguir:

Esfoliação física
A esfoliação física é cada vez menos indicada, pois pode agredir a pele. "As recomendações mais recentes sugerem que ela não seja feita, ou que seja muito suave e realizada com intervalos longos, no máximo semanais", conta a dermatologista Lilia Guadanhim, de São Paulo. Isso porque ela pode agredir a barreira da pele, deixando o rosto mais sensível a irritações.

"Essa renovação melhora a textura, desobstrui os poros e diminui a formação de cravos, deixando a pele com menos irregularidades e mais viço", completa a dermatologista Fabiana Seidl, do Rio de Janeiro.

Se você é adepta da esfoliação física, lembre-se: o rosto não deve ficar vermelho depois da aplicação do produto. Os movimentos devem ser gentis e as micropartículas esfoliantes, de preferência, devem ser regulares. Nada de usar açúcar ou sal, certo? Outro passo superimportante: a hidratação deve ser itensa ao final do procedimento.

Esfoliação química
Diferentemente da física, a renovação celular não se dá por estímulo físico (as micropartículas), mas sim por uma substância - geralmente, um ácido. "Ela pode ser feita em consultório, com a ajuda de peelings químicos, ou com o uso de ácidos em casa", diz Lilia.

Porém, ela avisa que um produto que faz a sua pele descascar não necessariamente é bom ou está funcionando. "Hoje em dia, vivemos uma fase 'paz e amor' com a pele — ficar com o rosto irritado só deixa a pele sensível! Por isso, use os ácidos com recomendação médica, mas lembre-se que o melhor dos mundos é ver a pele bonita sem sofrimento", diz Lilia.

A esfoliação química é bacana quando feita em consultório ou quando a renovação celular acontece de forma gradual. "Lembrete: nunca, nunca mesmo, use produtos que façam a pele descamar sem orientação do dermatologista?", alerta Lilia.

Cada um, cada um
A esfoliação física deve ser realizada, se desejado, no máximo uma vez por semana. Já o uso de ácidos depende muito da tolerância de cada uma -- comece em dias alternados até entender a melhor frequência para você.

"No caso da pele com muitos cravos ou poros mais aparentes, vale usar os hidroxiácidos, que tornam os poros menos aparentes. Para pele madura, uma boa opção pode ser a esfoliação enzimática, que promove renovação com suavidade, sem necessidade do pH baixo do ácido glicólico e seus derivados", acrescenta Juliana.

A depender da pele, cuidado com o excesso de atrito. "Ele deve ser evitado por quem tem pele sensível, melasma ou pele muito seca. Nesses casos, qualquer tipo de esfoliação deve ser decidida a partir da orientação de um dermatologista", alerta Fabiana.