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Reese Whitherspoon critica quem deslegitima depoimentos de assédio sexual

A atriz Reese Witherspoon durante o Globo de Ouro 2020, em Los Angeles (EUA) - Mario Anzuoni / Reuters
A atriz Reese Witherspoon durante o Globo de Ouro 2020, em Los Angeles (EUA) Imagem: Mario Anzuoni / Reuters

De Universa, em São Paulo

17/03/2020 12h50

Em entrevista para a edição de abril da revista Vanity Fair, a atriz norte-americana Reese Witherspoon disse que as mulheres devem se sentir livres para contar sobre o assédio que sofreram, não importa há quanto tempo tenha ocorrido.

"Recentemente uma jornalista me perguntou isso. 'Por que você não falou mais cedo?'. Fiquei pensando: parece ser muito interessante conversar com alguém que experimentou essas coisas e depois julgá-las pela maneira como decidem falar sobre elas. Você deve contar a sua história quando quiser", avaliou.

"Não havia um julgamento público há 25 anos quando isso aconteceu comigo. Também não havia um só fórum para falar sobre isso. A mídia social criou uma nova maneira de as pessoas se expressarem que eu não tinha", lembrou a atriz.

Em outubro de 2017, Reese revelou ter sido assediada por um diretor de cinema quando tinha 16 anos de idade. A atriz tinha 41 quando revelou o caso em depoimento durante o ELLE Women daquele ano.

A atriz deu o seu depoimento encorajada por outras atrizes que também passaram por episódios parecidos em suas carreiras.

Foi naquela época que o movimento Me Too começou a se espalhar pela internet, depois das acusações contra o diretor Harvey Weinstein, condenado a 23 anos de prisão neste ano.